Delegado diz que acusado do caso juíza queria matar PM e incriminá-lo
Victor Carvalho, da PF, é um dos ouvidos nesta sexta sobre o assassinato.
Plano não teria se concretizado porque armas do crime foram encontradas.
Segundo ele, o policial teria se encontrado com dois milicianos da Zona Oeste para entregar a arma usada no crime.
Os dois milicianos teriam, então, levado a arma para um morro Zona Oeste do Rio para escondê-la.
Após ser preso pelo crime, o policial teria feito contato com um PM, que seria chefe da segurança do jogador Ronaldinho Gaúcho. O policial preso teria tramado, junto com o segurança do jogador, o assassinato de um PM do batalhão de São Gonçalo, que também respondia por um crime. Depois que a vítima já estivessa morta, a arma seria colocada em sua mão para incriminá-la pelo assassinato da juíza.
"Esse PM seria morto e a arma colocada na mão dele, como forma de acusá-lo pela morte da juíza", disse o delegado da PF.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa de Ronaldinho Gaúcho, mas não obteve resposta.
No entanto, o plano não teria se concretizado porque a Polícia Federal chegou à favela e achou a arma a tempo de evitar o crime. O PM que seria assassinado não foi identificado.
Secretário de juíza depôs
O secretário da juíza Patrícia Acioli foi a primeira testemunha de acusação a depor. Dario Silva Leal garantiu que a magistrada era ameaçada de morte há 13 anos.
"Tenho conhecimento que a juíza recebia ameaças constantes desde quando estava à frente da Comarca de Itaboraí, em 1998. Essas ameaças não foram diretas, sempre chegavam por meio da inteligência das polícias Civil, Militar e Federal. Ela só levava à frente as denúncias oficiais, pois os boatos eram inúmeros", disse o secretário.
A segunda testemunha ouvida no Fórum de Niterói foi o segundo-tenente do 7º BPM (São Gonçalo) Denildo Santos Correia. O policial revelou que dados da juíza assassina foram acessados no portal de segurança do Rio, através desse batalhão da PM.
"Poucas pessoas tinham acesso a essa senha. No caso, a senha utilizada foi a do sargento Menezes, que garante não ter fez uso das informações. Tinha ouvido boatos dentro do batalhão de que o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira seria preso pela magistrada", afirmou o policial militar.
Oito testemunhas serão ouvidas nesta sexta - seis de acusação e duas de defesa - entre elas, o ex-comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Mario Sérgio Duarte.
Relembre o caso
Patrícia foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo. Entrem os alvos investigados por ela, estavam quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes.
Investigações apontam que a ordem para o crime teria sido do tenente-coronel Cláudio Oliveira, na época comandante do batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava como juíza criminal.
Investigações apontam que a ordem para o crime teria sido do tenente-coronel Cláudio Oliveira, na época comandante do batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava como juíza criminal.
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