Mãe é presa por ajudar homem a traficar drogas em escolas do DF
Policiais encontraram maconha, haxixe e instrumentos na casa. Em liberdade condicional, filho está foragido.
Por G1 DF
Mulher presa em Ceilândia por ajudar filho e armazenar drogas e traficar em escolas do DF (Foto: Ana Carvalho/G1)
Uma mulher de 52 anos foi presa nesta segunda-feira (26) em Ceilândia, no Distrito Federal, suspeita de ajudar o filho a traficar drogas em escolas públicas da região. Na casa dela, a polícia encontrou 19 tijolos de maconha, 22 porções de haxixe, balança de precisão e facas usadas para cortar a droga.
O filho, Suelson Pereira, de 26 anos, era investigado desde o início do mês. De acordo com a polícia, ele era o principal traficante da região e já tinha duas passagens por tráfico de drogas. Pereira estava em liberdade condicional desde a semana passada.
Nesta segunda, logo após ser solto, ele foi flagrado vendendo drogas para um aluno em frente à Escola Classe 30, no P Sul. Segundo o delegado da 23ª DP, Victor Dan, as prisões anteriores não intimidaram Pereira.
"Ele é um traficante ousado. Essas escolas públicas ficam muito próximas à delegacia e à casa dele."
Os policiais tentaram abordar o suspeito no local, mas ele conseguiu fugir. A equipe foi, então, à casa da mãe, Vilma Aparecida Silva, onde encontrou as porções de drogas.
Vilma negou que ajudasse o filho na atividade, mas foi presa em flagrante. Ela deve responder por tráfico de drogas qualificado – o agravante, neste caso, é justamente a venda na proximidade de escolas.
Se condenada, a pena varia de 8 a 20 anos de prisão. O filho deve responder pelo mesmo crime mas, até as 15h30 desta terça (27), ele seguia foragido.
Filmagem mostra jovem comprando droga nas imediações de um colégio de Ceilândia, no DF (Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação)
Tráfico em escolas
Victor Dan afirma que, desde o início do ano, a 23ª DP faz operações de combate ao tráfico nas escolas públicas do P Sul.
"Existe tráfico em escolas públicas e particulares, mas infelizmente as particulares não comunicam a polícia por terem medo de manchar a imagem da instituição", diz. Na rede pública, segundo ele, professores e diretores já se acostumaram a denunciar os casos.
O delegado explica, ainda, que grande dos investigados são usuários que não conseguiam mais sustentar o vício.
"Havia muita evasão escolar, jovens deixando de ir à escola para usar drogas. E muitas vezes, eles ajudam os traficantes na venda quando não têm mais dinheiro [para comprar a droga]."
fonte G1