Caiu o argumento furado da presidente Dilma e de sua equipe econômica de que a culpa da recessão no Brasil é da crise em outros países, como Europa e Estados Unidos. Relatório divulgado pelo FMI hoje mostra que o Brasil será o freio da América Latina em 2015. Só vamos perder para a Venezuela, destroçada por um governo populista que tem a economia focada apenas no petróleo desvalorizado pela brusca queda do preço no mercado internacional. Ao contrário do que pregam Dilma e Joaquim Levy, a Europa se recupera enquanto o Brasil deve encolher 1% com inflação acima de 8%, - deixando bem longe a meta do governo, e baixa confiança do setor privado para investir.
PIB do país deve 'encolher' 1% neste ano; crise hídrica deve pesar.
3,5 2,4 4,3 Mundo Desenvolvidos Emergentes 0 1 2 3 4 5
-7 -1 -0,3 1,9 2,7 2,8 3,4 3,8 4 4,3 -0,2 0,9 Venezuela Brasil Argentina Equador Chile Uruguai Colômbia Peru Paraguai Bolívia América do Sul A Latina e Caribe -10 -7,5 -5 -2,5 0 2,5 5
7,5 6,8 2 -1 -3,8 Índia China África do Sul Brasil Rússia -5 -2,5 0 2,5 5 7,5 10
Brasil vai frear crescimento da América Latina em 2015, mostra FMI
PIB do país deve 'encolher' 1% neste ano; crise hídrica deve pesar.
Na América do Sul, só a Venezuela deve ter resultado pior.
Enquanto a Europa se recupera da crise, a América Latina e o Caribe devem registrar, em 2015, o quinto ano seguido de desaceleração econômica. Segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve crescer só 0,9% neste ano – enquanto a economia mundial deve se expandir em 3,5%. Para o Brasil, a previsão é de queda de 1% no PIB e de inflação em 7,8%.
PREVISÕES PARA O PIB 2015
Em %
Fonte: FMI
Parte considerável do resultado fraco da região é responsabilidade do Brasil. Se confirmada a previsão do FMI de "encolhimento" da economia brasileira, será o pior resultado desde a queda de 4,2% registrada em 1990. Em janeiro, o fundo previa um crescimento de 0,3% em 2015.
Entre os países da América do Sul, apenas a Venezuela deve ter um resultado pior que o Brasil, com contração de 7% – mas a economia venezuelana tem menos de um décimo do tamanho da brasileira, em dólares.
A Argentina, que também vive uma crise econômica, deve ter queda de 0,3% no PIB. A América do Sul, como um todo, deve "encolher" 0,2%, tendo Bolívia e Paraguai como destaques positivos, com expansões de 4,3% e 4%, respectivamente.
"A piora nos mercados globais de commodities permanece como o principal freio para a atividade na América do Sul, ainda que os preços mais baixos do petróleo e uma recuperação sólida dos EUA forneçam impulso a partes da região", aponta o texto.
PROJEÇÕES PARA O PIB 2015
Países da América do Sul; América Latina – em %
Fonte: FMI
O Brasil
A crise hídrica, que afeta o abastecimento de energia e de água, está entre as causas citadas para o baixo desempenho do Brasil: "A confiança do setor privado se mantém obstinadamente fracapor conta dos desafios de competitividade, pelo risco de racionamento de energia e água no curto prazo e pelas denúncias de corrupção na Petrobras", diz o texto.
A crise hídrica, que afeta o abastecimento de energia e de água, está entre as causas citadas para o baixo desempenho do Brasil: "A confiança do setor privado se mantém obstinadamente fraca
De acordo com o FMI, o compromisso do governo brasileiro de controlar o déficit fiscal e de reduzir a inflação vai ajudar a restabelecer a confiança no país, mas deve prejudicar ainda mais a demanda no curto prazo.
O fundo também alerta que a inflação deve ficar acima do teto da meta do governo neste ano, mas mostra mais otimismo que o mercado: a expectativa é que a inflação feche o ano em 7,8%, enquanto o mercado aposta em uma taxa de 8,13%, segundo o boletim Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira.
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Crescimento global
O FMI manteve em 3,5% a projeção de crescimento para a economia mundial em 2015 e elevou para 3,8% a estimativa para o próximo ano – 0,1 ponto percentual acima da que constava no relatório de janeiro.
O FMI manteve em 3,5% a projeção de crescimento para a economia mundial em 2015 e elevou para 3,8% a estimativa para o próximo ano – 0,1 ponto percentual acima da que constava no relatório de janeiro.
A expectativa é que o Brasil ajude no crescimento mundial do próximo ano: "Uma retomada nos mercados emergentes deve guiar a recuperação em 2016, primariamente refletindo uma diminuição parcial dos contratempos à demanda e produção domésticos em algumas economias, incluindo Brasil e Rússia", diz o fundo.
PIB 2015 – PAÍSES DOS BRICS
Em %
Fonte: FMI
Outros países
A estimativa do FMI é que as economias avançadas cresçam 2,4% neste ano e no próximo. Mas as previsões para os Estados Unidos foram reduzidas: em janeiro, o fundo estimava uma expansão de 3,6%, que foi revisada agora para 3,1%. Para 2016, a estimativa de crescimento recuou de 3,3% para 3,1%.
A estimativa do FMI é que as economias avançadas cresçam 2,4% neste ano e no próximo. Mas as previsões para os Estados Unidos foram reduzidas: em janeiro, o fundo estimava uma expansão de 3,6%, que foi revisada agora para 3,1%. Para 2016, a estimativa de crescimento recuou de 3,3% para 3,1%.
Para os países do euro, por outro lado, as estimativas foram revisadas para cima. Para 2015, a previsão passou de 1,2% para 1,5%, e para 2016, de 1,4% para 1,6%.
Entre os países dos Brics, o pior resultado é esperado da Rússia, cuja economia deve se contrair em 3,8% neste ano e mais 1,1% no próximo. As projeções para a China são de desaceleração, com expansão de 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016 – estáveis com relação ao esperado em janeiro.
Já a Índia deve liderar o crescimento global neste ano e no próximo, com duas expansões seguidas de 7,5% – mais de 1 ponto percentual acima das estimativas de janeiro.
Câmbio
As moedas dos grandes exportadores de petróleo com câmbio flutuante se desvalorizaram em fevereiro. A queda foi particularmente forte para o rublo (moeda russa), que recuou 30%, segundo o FMI. Entre as economias avançadas, o dólar canadense e a coroa norueguesa tiveram quedas de 8% e 7%, respectivamente.
As moedas dos grandes exportadores de petróleo com câmbio flutuante se desvalorizaram em fevereiro. A queda foi particularmente forte para o rublo (moeda russa), que recuou 30%, segundo o FMI. Entre as economias avançadas, o dólar canadense e a coroa norueguesa tiveram quedas de 8% e 7%, respectivamente.
No Brasil, a queda foi de 9%, refletindo a piora nas estimativas de crescimento. Na Índia, por outro lado, a moeda local teve valorização de quase 10%.
fonte facebok editado e G1