PF investiga riscos de um atentado terrorista no Brasil
por Jarbas Aragão
Segundo a denúncia do jornal O Globo deste domingo (9), desde 2006 há uma espécie de sociedade entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o grupo terrorista Hezbollah.
Documentos da Polícia Federal mostram claros indícios da atuação dos extremistas muçulmanos libaneses, cujo nome significa “Partido de Deus”, na região de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Entre suas atividades criminosas estão o tráfico internacional de drogas e armas. O Hezbollah repassa para o PCC armamentos e explosivos. Recebem em troca proteção quando seus membros são presos e mandados para os presídios brasileiros. Os principais suspeitos agem em São Paulo e no Paraná, mais especificamente em Foz do Iguaçu.
O relatório da Polícia Federal aponta que “Os libaneses em atividade criminosa, apesar de terem no tráfico de cocaína seu principal foco de atividades, também atuariam no tráfico de armas para grupos criminosos de São Paulo, sendo que, recentemente, também teriam intermediado uma negociação de explosivos (aparentemente C4, sendo também sabido que um carregamento de tal material foi subtraído no Paraguai e vem sendo vendido a preços bem baixos)”.
O monitoramento da PF mostra registros inclusive do risco de um atentado terrorista no Brasil, mas os detalhes não foram revelados. A notícia não chega a ser nova, já que autoridades norte-americanas defende que a região da tríplice fronteira sempre foi palco de atuação de grupos ligados ao terrorismo. O governo dos EUA aponta também que o dinheiro do tráfico de drogas constitui uma das principais fontes de financiamento de grupos terroristas.
O Departamento do Tesouro americano emitiu relatórios desde 2006 mostrando que grupos como o Hezbollah agiam livremente na fronteira, mas o governo brasileiro negava haver provas que terroristas agiam na região do Sul do país. As acusações foram reiteradas nos anos seguintes pelo DEA, agência americana de combate às drogas.
Segundo o no Comitê de Segurança Nacional dos EUA, o supervisor das atividades do Hezbollah na América Latina é o iraniano Moshen Rabbani. Ele é acusado de planejar os ataques terroristas contra judeus em Buenos Aires em 1992 e 1994. O irmão de Rabbani vive no Brasil e teria envolvimento com recrutamento de pessoas que são posteriormente treinados na Venezuela e no Irã.
A postura do Hezbollah, que no Líbano é ao mesmo tempo partido político e facção terrorista, não é diferente de grupos como o Hamas, que trava uma luta constante contra Israel. Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah faz questão de reiterar que os dois grupos são “verdadeiros parceiros nessa resistência, uma parceria da jihad, da fraternidade, da esperança, da dor, do sacrifício e do destino, pois sua vitória é nossa vitória plena, e sua derrota é nossa plena derrota”.
fontehttp://emdefesadafe.com/noticia/531/brasil-pode-sofrer-um-atentado-terrorista-investiga-policia-federal