Fumante passivo também corre risco de desenvolver câncer
Médicos alertam que fumaça prejudica da mesma forma fumantes passivo e ativo
Há quem diga que fuma apenas no final de semana, outros recorrem ao cigarro em momentos de estresse e trsiteza ou traga de vez em quando para acompanhar a bebida alcoólica. Não importa se o consumo do tabaco é recreativo ou não, o fato é que fumar faz mal à saúde não só do tabagista como também de todos que estão ao seu redor. Este é o alerta da pneumologista Tânia Pereira Ignacio, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, no Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado nesta sexta-feira (29).
— Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da chamada poluição tabagística, entre eles irritação nos olhos, cefaleia e aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias.
Mas, as consequências à saúde não param por aí. O pneumologista Ciro Kirchenchtejn, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a pessoa que aspira a fumaça do cigarro aumenta o risco de desenvolver os mesmos problemas de saúde de quem fuma diariamente, como doenças cardiovasculares, respiratórias e até câncer.
— Exatamente por isso existe a lei antifumo, que proíbe fumar em locais fechados, beneficia não só os fumantes passivos como também os ativos.
Tânia acrescenta que fumantes passivos têm um risco 30% maior de desenvolverem câncer de pulmão e 24% maior de episódios de infarto do coração. Crianças que convivem diretamente com fumantes têm, em maior frequência, doenças respiratórias como asma, bronquite, rinite alérgica e pneumonias. No caso de bebês, as substâncias tóxicas elevam o risco de morte súbita.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o cigarro mata 200 mil brasileiros por ano. Para ficar fora dessa estatística, os especialistas reforçam a importância de abandonar o vício. Além de adotar hábitos saudáveis, Kirchenchtejn lembra que medicamentos podem contribuir para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.
— A maior parte das pessoas para por conta própria, mas em geral sofre, engorda e faz seis ou sete tentativas. Quando há a ajuda de acompanhamento psicológico e medicação, o processo tenta a ser menos difícil.
Está complicado parar de fumar? Veja no vídeo as dicas da cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento de Tabagismo do Incor: