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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

o homem que acabou com um dos maiores cartéis de drogas do mundo

Jorge Salcedo: o homem que acabou com um dos maiores cartéis de drogas do mundo
O engenheiro e ex-reserva do Exército colombiano, grande responsável pela ruína do cartel de Cali, tem sua trajetória descrita pelo livro “À Mesa com o Diabo”
Marcos Nunes Carreiro 
É pouco provável que o leitor tenha lido o jornal “Washington Post” no dia 4 de dezembro de 1993. Mas na página 21 do diário estadunidense, o jornalista Douglas Farah analisava um importante fato para o mundo no que dizia respeito ao tráfico de drogas. O artigo tratava da morte do colombiano Pablo Escobar, grande traficante de cocaína que balançou não só seu país como o Ocidente entre as décadas de 1980 e 1990. No artigo, Farah publicava que a morte de Escobar era importante por dois motivos: “A primeira é simbólica, pois Escobar era […] considerado por muitos acima da lei, intocável. […] A segunda, era a promessa da Colômbia agora de pegar todos os recursos utilizados para caçar Escobar […] e direcioná-los contra o cartel de Cali”.

A morte de Pablo Escobar, que era conhecido como “El Doctor”, também significava o começo do fim de uma era de sangue iniciada em meados da segunda metade do século XX na Colômbia. Entre 1946 e 1957, o conflito político entre os partidos Liberal e Conservador deixou pelo menos 300 mil mortos, uma era conhecida como “La Violen­cia”. Os militares colombianos tomaram o poder por algum tempo, mas a guerra civil só cessou quando os dois partidos entraram em um acordo formando, assim, a Frente Nacional, uma coligação para forçar uma alternância no governo.

Porém, o período de “La Violencia” deixou dissidências que influenciaram na criação de grupos guerrilheiros no país. O principal deles foi as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que desde a década de 1960 ficaram conhecidos por suas ações de sequestro a políticos, autoridades diplomáticas e jornalistas. Mas foi o Movimento 19 de Abril (M-19), que, entre as décadas de 1970 e 1980, aterrorizou o país com invasões e assassinatos, muitos deles atribuídos ao comando nunca confirmado do traficante Pablo Escobar.

Em novembro de 1985, guerrilheiros do M-19 tomou o Palácio da Justiça em Bogotá com um escudo de 300 reféns. O grupo foi responsável pela destruição de dezenas de fichas criminais, incluindo uma vasta quantidade de documentos de extradição envolvendo traficantes. Nessa época, era comum uma ação conjunta entre os governos colombiano e estadunidense para inibir o tráfico de drogas, uma vez que grande parte dos entorpecentes produzidos na Colômbia tinha como alvo os Estados Unidos. Assim, como a Justiça colombiana não conseguia conter o tráfico, os presos eram extraditados para a América do Norte, pois lá o sistema judicial não era vulnerável a subornos ou intimidação.

É certo que Escobar temia ser extraditado. Uma de suas famosas frases era: “Melhor um túmulo na Colômbia que uma cela nos Estados Unidos”. Por isso, o chefe do cartel de Medellín –– cidade ao norte do país –– iniciou uma guerra sem precedentes contra o governo colombiano sediado na capital Bogotá. A mando do traficante, milhares de pessoas foram assassinadas entre juízes, promotores, ministros, candidatos ao governo, políticos, etc. Exatamente por isso seu nome ficou conhecido do mundo e é provavelmente familiar ao leitor. Como o fim da Guerra Fria e Saddam Hussein expulso do Kuwait, no fim da década de 1980 e início dos anos 1990, o mundo –– principalmente os Estados Unidos –– caçava Escobar.

Mas a derrocada do traficante começou no fim de 1987, quando Escobar comprou briga com seus rivais de narcotráfico: o cartel de Cali, cidade ao sul da Colômbia. Se Escobar era o alvo primário, os irmãos Rodriguéz Orejuela vinham logo em seguida, mas não porque eram menos eficazes no tráfico, mas por serem justamente mais eficientes nas “relaçõe$” com o governo e seu sistema judiciário. Não foi à-toa que o cartel conseguiu eleger um presidente. Com a ajuda mais que bem-vinda de US$ 6 milhões com origem nas drogas, Ernesto Samper Pizano venceu as eleições e governou o país entre 1994 e 1998, embora não tenha conseguido impedir que o cartel fosse desmantelado logo em seguida.
Essas relações são muito bem descritas em “À Mesa com o Diabo: a história do homem que desmantelou o cartel de Cali” (Objetiva, 2013), do jornalista estadunidense William C. Rempel. Principalmente com base nos relatos de Jorge Salcedo, que trabalhou com o cartel durante mais de seis anos, Rempel descreve que os irmãos Gilberto e Miguel Rodriguéz Orejuela, José “Chepe” Santacruz e Hélmer “Pacho” Herrera, os chefes do cartel, acreditavam na premissa: o dinheiro compra tudo. E essa era uma verdade para “Los Caballeros de Cali”.

O cartel “tinha policiais, generais e políticos… jatos, iates, propriedades que serviam de esconderijo e mansões… contadores, pilotos e assassinos profissionais. Seu dinheiro comprava silêncio, lealdade, assassinatos –– até mesmo uma Constituição ajustada segundo suas necessidades”, conta Rempel em seu livro. Por volta de 1993, o cartel de Cali excedia uma receita anual de US$ 7 bilhões. Para se ter uma ideia, a quantia representa aproximadamente 10% da receita que a Colôm­bia arrecadou em 2010, época em que já era a quarta maior economia da América Latina, atrás apenas de Brasil, México e Argentina.

E com tanto dinheiro, não era improvável que Los Caballeros comprassem uma Constituição. Em 1991, uma assembleia constituinte se reuniu para elaborar o projeto de lei de uma nova constituição. Os chefes de Cali, determinados a encerrar a prática de extradição –– que não ameaçava apenas Escobar, mas a todos –– abriram a temporada dos subornos junto aos membros da assembleia. Em um hotel na capital Bogotá, os irmãos Rodríguez Orejuela fizeram filas de políticos se formarem para receber favores, principalmente financeiros.

Assim, os irmãos ganharam o direito de revisar as minutas dos projetos de lei, com a ajuda de um time de advogados tanto colombianos quanto estadunidenses. A revisão tinha dois objetivos: dar um fim à extradição e pavimentar um caminho para obter indulto dos traficantes por crimes passados. Porém, no texto aprovado, a prática era descrita como “uma defesa da soberania colombiana contra a intervenção de Washington”.

Jorge Salcedo acompanhou a prática de perto e sua visão dos fatos está gravada na página 102 de “À Mesa com o Diabo”: “Depois de testemunhar mais um dia de subornos, ele se queixou para sua esposa: ‘Nossa Constituição… está sendo revisada com propinas, álcool e prostitutas.’ E tudo no maior descaramento, disse. ‘Por que ninguém vê?’.” Assim, a nova Constituição da Colômbia foi colocada em prática no final de 1991.
Quem é Jorge Salcedo
Jorge Salcedo é a personagem principal do livro. Depois de presenciar tantas cenas como a descrita acima –– e outras muito piores, ele se torna o responsável pela prisão do chefes do chefes do cartel, Miguel Rodríguez Orejuela. Logo, Salcedo desestabiliza, com a ajuda dos Estados Unidos, não só o cartel como também estremece a política colombiana, uma vez que as duas coisas estavam intimamente ligadas.

Engenheiro e reserva do Exército, Salcedo inicia sua ligação com o cartel de Cali por meio de um amigo, como está descrito no primeiro capítulo de “À Mesa com o Diabo” (p. 17), que se passa em janeiro de 1989:

“Jorge Salcedo acomodou sua bagagem de mão no compartimento sobre as poltronas e tomou seu assento na janela do velho Boeing 727. Era um voo de manhã bem cedo, de Bogotá a Cali, na Co­lômbia, e ele fazia a viagem com relutância. Além do horário inconveniente, o empresário de 41 anos não podia de modo algum se dar ao luxo de ficar longe do empreendimento de óleo de motor. O projeto já estava atrasado e ali estava ele num avião para uma viagem misteriosa. Não fazia a menor ideia de por que estava indo para Cali. Na verdade, até chegar ao Aeroporto Internacional El Dourado em Bogotá, uma hora antes, não sabia sequer seu destino.

‘Jorge, você precisa vir comigo. Algumas pessoas querem te conhecer’, afirmara seu amigo Mario ao telefone. Ele foi enfático. Disse a Jorge que fizesse uma pequena mala para apenas uma noite –– depois desligou. Agora estavam juntos no avião.
‘Que negócio é esse, Mario?’ Jor­ge não conseguia esconder um tom de impaciência ao virar para o amigo sentado na poltrona do corredor. ‘O que a gente tá fazendo aqui?’

Como Jorge, Mario era um homem na casa dos 40 –– em forma, com boa aparência, transmitindo autoconfiança. Mesmo em casuais roupas civis, parecia o militar prototípico, uma personagem saída de algum filme. Mas o recém-reformado major Mario del Basto não tinha nada de fictício, era um soldado altamente condecorado.

‘Depois que o avião subir’, assegurou ele a Jorge, ‘a gente conversa’. Acenou com a cabeça para alguns estranhos ainda de pé no corredor.

Jorge sempre confiara em Mario. Os dois haviam se tornado bons amigos desde que Jorge ingressara na reserva das forças armadas colombianas em 1984. Mario, um oficial do Exército regular, tornou-se comandante na unidade de reserva de Jorge, baseada em Cali. O major contava com Jorge como seu oficial no serviço de informações, graças a suas valiosas habilidades em armamentos, vigilância eletrônica, tecnologias de rádio e fotografia.

A reserva do Exército era uma posição não remunerada, voluntária, mas dava a Jorge um gostinho da carreira militar seguida por seu pai, o general Jorge Salcedo, que combatera pelas principais forças armadas colombianas e permanecera uma figura pública proeminente por quase 25 anos após se reformar, em meados da década de 1960.

Jorge via reflexos de seu pai no major Del Basto. Ambos eram oficiais de carreira do Exército, usavam uniformes com o peito repleto de medalhas por bravura e tinham larga experiência no combate aos guerrilheiros antigoverno.
Crescer como filho de general proporcionara a Jorge inúmeras vantagens, de segurança financeira e respeito social a oportunidades para viajar –– incluindo uma estada prolongada nos Estados Unidos quando seu pai estava servindo no Kansas. Também in­fluenciou suas opiniões sobre grupos como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), contra as quais seu pai travava uma guerra. Em casa e na reserva, Jorge via os guerrilheiros como terroristas incorrigíveis e partilhava das frustações amplamente disseminadas entre os militares pelo fato de que as conversações de paz sancionadas pelo governo simplesmente permitiam aos guerrilheiros se reagruparem e se reabastecerem.

‘Estamos tentando convencê-los a morrer’, queixava-se Mario para Jorge.

Mesmo para um herói militar como o major Del Basto, esse tipo de crítica contra a liderança civil era perigosa. Ele dividia suas opiniões somente com amigos íntimos, até que sua raiva não pôde mais ser contida. No fim de 1988, Del Basto rejeitou uma promoção a coronel e deixou o Exército. Ele detonou o presidente Virgilio Barco por tratar as Farc com indulgência. Depois desapareceu. Jorge ficou sem notícias de Mario por vários dias –– até o misterioso telefonema que o levou a subir a bordo do voo da companhia aérea Avianca.

‘Vamos nos encontrar com uns sujeitos de Cali’, começou Mario momentos depois da decolagem. Ele se curvava sobre a poltrona vazia entre ambos. O ruído dos motores protegia sua privacidade.

‘Eu os conheço?’

‘É possível. São importantes homens de negócios locais.’

Jorge havia morado em Cali na infância, quando o pai servia como comandante de brigada por lá. Residiu ali outra vez no início dos anos 1980, quando se tornou sócio e engenheiro de uma fábrica de baterias nos arredores da terceira maior cidade colombiana.

‘O que posso contar para você’, continuou Mario, ‘é que esse pessoal tem um problema sério com Pablo Escobar. Ele anda atacando seus negócios, ameaçando suas famílias –– é uma situação terrível’.

A expressão de Jorge abruptamente endureceu, encarando o amigo. ‘Não me diga. A gente está indo se encontrar com uns sujeitos do cartel de Cali?”

Em janeiro de 1989, todo mundo na Colômbia sabia a respeito da rixa cada vez mais violenta entre o cartel de Medellín de Escobar e seus rivais de Cali. Por quase um ano, as manchetes traziam sangrentos relatos de bombas, gente desmembrada, tiroteios. O número de mortes entre testemunhas inocentes crescia. Como a maioria de seus amigos e conhecidos, Jorge temia e odiava Pablo Escobar. O chefão das drogas havia declarado guerra ao governo colombiano numa campanha para derrubar o acordo de extradição firmado por Bogotá com Washin­gton. Os assassinos que ele contratava miravam altos funcionários do país, policiais locais, investigadores criminais e juízes. […]

Jorge não sabia muita coisa a respeito dos rivais de Escobar em Cali, a não ser por reputação. Eles eram tidos como menos violentos –– pelo menos, não matavam figuras públicas. Na verdade, os chefões do sul eram notoriamente conhecidos como ‘os Cavalheiros de Cali’. Entretanto, Jorge nunca considerou a possibilidade de escolher um dos dois lados. A guerra entre os cartéis não era assunto seu.

‘Você devia ter me dito’, disse Jorge. ‘Talvez eu não quisesse conhecer esse pessoal.’

Mario deu de ombros. ‘Mas eles querem conhecer você.’

Jorge abanou a cabeça, pasmo. Uma grande organização criminosa queria se encontrar com ele. ‘Por quê?’ Mario olhou em volta para verificar se não havia ninguém escutando e continuou.

Pouco após deixar o Exército, disse Mario, ele havia sido chamado a Cali e recebido uma proposta para trabalhar como gerente de segurança para a família Rodríguez Ore­juela. Jorge reconheceu o nome. Era os donos de uma rede nacional de farmácias populares e também de um time de futebol [América de Cali], entre muitos outros negócios legítimos. Mas todo mundo sabia que eram também grandes traficantes. Como Escobar, negavam qualquer relação com o narcotráfico. Ao contrário de Escobar, mantinham o low profile.

‘Esses caras estão temendo por suas vidas e por suas famílias’, disse Mario. ‘Pablo está tentando acabar com eles –– homens, mulheres, crianças, todo mundo.’ Ele disse que isso era particularmente injusto com o clã, porque ‘não são pessoas violentas.’ Mario descreveu seu novo emprego como sendo o de manter mulheres e crianças inocentes a salvo dos assassinos contratados de Escobar.”

Ou seja, o negócio não era o cartel de drogas. Pelo menos não no início. O cartel queria o conhecimento e os contatos de Salcedo tanto para manter suas famílias em segurança quanto para caçar e matar Escobar. E durante alguns anos, ele tentou. Quase conseguiu. Mas as tentativas resultaram no acirramento da guerra entre os carteis. E um verdadeiro banho de sangue tomou o país. Os dois lados investiram milhões de dólares na intenção de matar um ao outro.

Em 1993, a guerra estava no ápice. Até então, Salcedo não tinha contato com os assassinatos e demais atividades explicitamente ilícitas do cartel. Assim, alegando ainda ser homem honesto, vivia na negação, sempre repetindo que seu papel era proteger vidas, afinal matar Escobar era, a essa altura, também um ato de patriotismo.

E viveu assim durante alguns anos, sempre esperando a hora de cumprir seu papel e sair do cartel. Porém, sua visão mudou depois que Escobar ordenou uma chacina contra amigos e familiares de Pacho Herrera, um dos chefes do cartel. Dezenas de assassinos de aluguel alugaram uma fazenda perto de Cali e esperaram um jogo de futebol que aconteceria nas proximidades. No meio do jogo, eles desceram de caminhões e dispararam metralhadoras matando quase 20 pessoas.

Pacho Herrera, então, não po­den­do encontrar os assassinos foi atrás de quem havia alugado a fa­zenda. Depois que o encontrou, grande parte do cartel se reuniu para ver a reprimenda ao fazendeiro que facilitou a morte de tantos. “O fazendeiro desamparado teve a camisa e as botas arrancadas. Suas pernas foram amarradas ao engate de reboque de um Toyota Land Cruiser. Seus braços foram amarrados a uma poderosa Trooper de tração nas quatro rodas. A multidão recuou e urrou conforme as duas picapes se afastaram uma da outra, tensionando vagarosamente, depois deslocando as juntas de braços e pernas.”

Salcedo não ficou para ver, mas soube de detalhes da execução. “Foi assombrado por imagens que não viu, mas das quais não podia escapar. O episódio salientou uma verdade inescapável: os Cavalheiros de Cali eram tão capazes de crueldade quanto os piores capangas de Pablo”, cuja morte era o motivo de sua presença naquele lugar. Tudo o que Salcedo queria era matar Escobar e sair do cartel. Mas, no final, quem acabou matando o traficante rival foi mesmo a polícia.
Risco de morte e fuga para os EUA
Da morte de Escobar, em 1993, à “saída” de Salcedo do cartel, se passaram quase três anos. Durante um tempo ele achava que poderia sair do “emprego” assim que o traficante de Medellín estivesse morto. Claro, não era assim. Sua vida agora estava ligada à família Rodríguez Orejuela e dependia também das práticas realizadas por ela. Logo, ele sua família estavam inegavelmente sob o domínio do cartel.

A essa época, todos os esforços dos Estados Unidos estavam voltados para a captura dos chefões de Cali, afinal Escobar estava morto e os “Cavalheiros” agora representavam o maior cartel de drogas do mundo. Um título ingrato. Assim, além de seus próprios esforços –– que na verdade poderiam ser muito maiores, não fosse a extensa folha de pagamento dos chefões ––, a Colômbia contava também como auxílio constante do U.S. Drugs Enforcement Administration (DEA), a agência estadunidense de combate ao narcotráfico.

No país estavam dois agentes: Chris Feistl e Dave Mitchell. Foi por eles que Salcedo se tornou um agente duplo. Acontece que em junho de 1995, Gilberto Rodríguez Orejuela, o irmão mais velho, foi preso em uma operação da polícia colombiana em parceria com o DEA. A situação é descrita no prólogo do livro:

“A tempestade no fim da primavera deixara a capital americana úmida e triste. Sob a pesada cobertura das nuvens, as ruas ficaram tão escuras em pleno meio-dia que os motoristas tinham de acender os faróis. Mas na C Street o sol brilhava em algum lugar dentro do prédio do Departamento de Estado: na sala do secretário de Estado assistente para assuntos internacionais envolvendo narcóticos e coibição de crimes –– carinhosamente chamado por seus colegas de trabalho de secretary for drugs and thugs, ‘secretário de drogas e bandidos’. A equipe do embaixador Robert S. Gelbard comemorava a notícia de que agentes antinarcóticos americanos e colombianos haviam acabado de capturar um dos maiores nomes do cartel da cocaína de Cali.

Após meses de diplomacia, pedidos insistentes e ameaças de Gelbard, o governo de Bogotá finalmente derrubara um importante membro do tráfico. Isso dificilmente era um golpe incapacitante no maior empreendimento criminoso do mundo. O chefe dos chefes, o cabeça do cartel, permanecia à solta e sob a proteção, ao que tudo indicava, das mais poderosas forças políticas colombianas. Mesmo assim, Gelbard e sua equipe ousavam ter esperanças de que o cartel de Cali poderia ser desmantelado.”

O chefe dos chefes era Miguel Rodríguez Orejuela, irmão mais novo de Gilberto e figura maior dentro do cartel. E após a prisão de Gilberto, ele delegou mais tarefas a Salcedo, que, afinal, era o chefe da segurança. Dentre as tarefas estava matar um companheiro que poderia complicar ainda mais os negócios. Esse foi o limite de Salcedo, que decidiu sair. Porém, sair não era exatamente simples. Como chefe da segurança, Salcedo sabia demais. Se deixasse o cartel, morreria. E não só ele, mas sua família também.
Medo de morrer

Então, ele decidiu contar com a ajuda dos Estados Unidos, já que grande parte da polícia, dos políticos e do poder judiciário estavam na folha de pagamento dos “Cavalheiros de Cali”. Assim, Salcedo encontrou Feistl e Mitchell. Com um cuidado extremo –– se Miguel descobrisse sua colaboração com os agentes do DEA, Salcedo era um homem morto, talvez com o mesmo requinte de crueldade com o qual morreu o fazendeiro descrito antes. Dessa forma, como um bom agente duplo, Salcedo delatou os segredos do cartel e planejou a captura de Miguel ao passo em que protegia o chefe e tentava desmantelar os esforços da polícia.

Uma primeira tentativa foi feita, mas sem sucesso. Depois de semanas de planejamento, a grande influência do cartel acabou por proteger Miguel da primeira investida. Salcedo temeu ser descoberto e morto depois disso, mas conseguiu manter a aparente confiança do cartel e continuar o planejamento, dessa vez com maior eficácia. Salcedo entregou o cartel de Cali nas mãos dos agentes estadunidenses em troca de proteção e de um seguro de vida. Por isso, ele usou todo o conhecimento e experiência necessários para ajudar a prender seu chefe, que estava escondido no prédio Buenos Aires (foto), em um bairro afastado do centro da cidade.

Apenas com a prisão de Miguel, Salcedo poderia deixar o cartel e fugir para os Estados Unidos, sob o programa de proteção à testemunha, juntamente com sua família. E no dia 4 de agosto de 1995, com o plano minuciosamente estruturado de Salcedo, Feistl e Mitchell, os policiais invadiram o quarto andar o edifício Buenos Aires e prenderam Miguel Rodríguez Orejuela, assim como boa parte da documentação que incriminava inúmeros agentes públicos que trabalhavam para o cartel.
Salcedo e sua família foram levados para os Estados Unidos sob o programa de proteção a testemunha e ele testemunhou contra os antigos chefes, desmantelando, assim, um dos maiores grupos criminosos do tráfico de drogas do mundo. Acaba ali o cartel de Cali.
------------------------------------------------------------------fonte JORNAL OPÇÃO

Policial civil é assassinado no setor Real Conquista

Policial civil é assassinado no setor Real Conquista

DM.COM.BR
DIOGO TEIXEIRA
Um policial civil foi morto a tiros no Residencial Real Conquista, em Goiânia, na noite desta sábado (9). Segundo informações da Polícia Militar (PM), o agente auxiliar da Polícia Civil (PC) Waldir Ferreira dos Santos (53), estava na porta da casa onde morava com uma criança no colo, quando dois homens ainda não identificados chegaram em um motocicleta.
Segundo a PM, os suspeitos mandaram a vítima colocar a criança no chão e em seguida efetuaram vários disparos contra ele e as pessoas que estavam próximas.
O policial foi alvejado por vários disparos, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. Um mulher identificada como Cristiane Fernandes Gonzaga (31), que estava no local no momento em que o crime aconteceu, foi atingida no braço. Após o crime, os bandidos fugiram do local.
A polícia ainda não sabe de quem foi a autoria e o motivo do crime.

Acidente entre duas carretas deixa motoristas feridos na BR-040, em GO Caminhões bateram de frente; carga ficou espalhada na pista. Trecho da via teve que ser lavado por causa de vazamento de detergente.


Acidente entre duas carretas deixa motoristas feridos na BR-040, em GO
Caminhões bateram de frente; carga ficou espalhada na pista.
Trecho da via teve que ser lavado por causa de vazamento de detergente.



Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera




Dois motoristas ficaram feridos após uma colisão frontal entre duas carretas na BR-040, entre Luziânia e Cristalina, no leste de Goiás, na noite de sexta-feira (8). A carga de materiais de limpeza de um dos veículos ficou espalhada pela pista. Como uma grande quantidade de detergente vazou da carroceria, foi preciso lavar a pista para evitar novos acidentes.

Por conta da batida, um dos condutores foi levado em estado grave para um hospital do Distrito Federal, onde permanece internado. O outro caminhoneiro teve uma fratura exposta na perna e o estado dele era considerado estável pelos bombeiros, que o encaminharam a um hospital deLuziânia.

"Um motorista foi ejetado para fora do veículo após a colisão. O outro ficou no interior do veículo, mas estava preso às ferragens", explicou o soldado dos bombeiros Luiz Antônio Vasconcelos, que participou da operação de resgate.


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também alertou que a pista molhada pode ter contribuído para a batida. "Com o período chuvoso, ao sair de casa a gente tem que ter muito cuidado com a questão da velocidade e redobrar a atenção. Não combina velocidade com pista escorregadia", afirma o agente Renato Araújo.Moradores da região disseram que um radar colocado recentemente na rodovia pode ter causado o acidente. Apesar de o aparelho não estar funcionando, um dos motoristas teria perdido o controle da carreta ao frear bruscamente, invadindo a pista contrária e atingindo o outro veículo.

A carreta carregada com material de limpeza foi retirada da rodovia neste sábado (9).
Após a batida, carga de material de limpeza ficou espalahda na pista (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
http://g1.globo.com/goias/transito/noticia/2013/11/acidente-entre-duas-carretas-deixa-motoristas-feridos-na-br-040-em-go.html

Ônibus que levava grupo para festa capota; duas adolescentes morrem Cerca de 50 pessoas iam para festa rave em um barco em Luziânia (GO). Motorista teria perdido controle da direção em uma curva, e ônibus tombou.

Ônibus que levava grupo para festa capota; duas adolescentes morrem

Cerca de 50 pessoas iam para festa rave em um barco em Luziânia (GO).
Motorista teria perdido controle da direção em uma curva, e ônibus tombou.

Do G1, em Brasília

Policiais prestam atendimento no local onde ônibus capotou em Luziânia (Foto: Reprodução / TV Globo)Policiais prestam atendimento no local onde ônibus capotou em Luziânia (Foto: Reprodução / TV Globo)
Duas adolescentes morreram na noite deste sábado (9), segundo informações do Corpo de Bombeiros, depois que um ônibus que transportava cerca de 50 jovens para uma festa rave capotou em uma estrada em Luziânia (GO), a 60 km de Brasília.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Luziânia, uma das vítimas morreu presa nas ferragens e a outra no hospital. Segundo os bombeiros, mais de 30 pessoas ficaram feridas e receberam atendimento em hospitais de Luziânia, Santa Maria (DF) e Gama (DF).
O ônibus tombou depois que o motorista perdeu o controle da direção ao tentar fazer uma curva.
Vários carros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros prestaram atendimento no local do acidente, uma estrada de acesso ao Lago Corumbá 4, onde o grupo participaria da festa com música eletrônica em uma embarcação, de acordo com os bombeiros.
O ônibus que capotou em estrada de Luziânia (Foto: Reprodução / TV Globo)O ônibus que capotou em estrada de Luziânia (Foto: Reprodução / TV Globo)
G1 DF

 

ENTORNO DE BRASILIA POLICIA MILITAR EM AÇÃO!Equipe do Novo Gama prende meliante portando arma de fogo.

Equipe do Novo Gama prende meliante portando arma de fogo.

Na noite deste sábado (09.11.2013) a equipe composta pelo Sargento Paulo e Soldado Braga, ambos do 19º Batalhão de Polícia Militar, enquanto realizavam patrulhamento nas imediações da quadra 486 do bairro Pedregal em Novo Gama perceberam um indivíduo em atitude suspeita, próximo ao “Bar da Patrícia”. Ao realizarem a abordagem, os policiais encontraram o Sr. Valdivino Ribeiro de Luna (41 anos) portando um revólver Taurus, calibre 38 e numeração suprimida com seis cartuchos intactos.

O meliante ficou detido em flagrante por força da lei 10.826/2003 no CIOPS do Jardim Céu Azul (2ª DP – Valparaiso de Goiás).

Heróis da Milícia Altaneira recebam nossos parabéns pelo seu excelente trabalho. Sábio e experiente Sargento Paulo, valente e dedicado Soldado Braga é um orgulho servir ao lado de vocês.

Fonte: COPOM
Texto: A.G.D.N.

Pelo menos duas mortes são confirmadas em acidente com ônibus em Luziânia

Pelo menos duas mortes são confirmadas em acidente com ônibus em Luziânia



Um ônibus com cerca de 50 jovens capotou em uma estrada em Luziânia (GO) na noite desse sábado (10/11). Informações preliminares de testemunhas apontam que o coletivo teria saído de Taguatinga rumo à uma festa rave na Fazenda Falcão, no município goiano. Durante a viagem o motorista perdeu o controle e tombou.
Até o momento a morte de duas pessoas foram confirmadas. A maioria das vítimas recebeu os cuidados no Hospital de Luziânia. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do DF, 20 pacientes deram entrada entre a noite de sábado (9/11) e a madrugada deste domingo (10/11) em hospitais do Distrito Federal. Quinze foram levadas para o Hospital do Gama, dois para o de Samambaia e dois para o de Santa Maria. A Secretaria ainda apura se outros pacientes foram encaminhados, em estado mais grave, para o Hospital de Base.

Roubo de pertences de vítimas que estavam em ônibus capotado é investigadoDuas pessoas morreram e dezenas foram encaminhas para os hospitais do DF e do Entorno


A polícia investiga a identidade de diversas pessoas que roubaram os pertences das vítimas que estavam dentro de um ônibus que se acidentou no fim da noite de sábado (10/11) com aproximadamente 50 adolescentes que seguiam para uma festa rave em Luziânia. O veículo capotou na rodovia Lucena Roriz, no município goiano, matando duas pessoas e deixando dezenas de feridos. Populares que passaram de carro pelo local aproveitaram para saquear bolsas, sacolas, mochilas, roupas, celulares e outros objetos que haviam sido deixados para trás no momento em que as vítimas foram encaminhadas a hospitais.

O ônibus, de placa MTJ-5038, teria sido alugado em Taguatinga para realizar o transporte dos jovens. De acordo com informações iniciais, o proprietário do veículo seria um homem identificado como Eli Rodrigues Pereira. Até o momento não se sabe a identidade do motorista.

Segundo Nixon Itaquê Correia Santos, morador do Guará II e que era um dos passageiros do veículo, o condutor teria ingerido bebida alcoólica, estava em alta velocidade e havia discutido com alguns adolescentes durante o trajeto. Ele fugiu do local sem prestar socorro




Corpo de Joaquim, 3, é achado no rio Pardo a 150 km de Ribeirão Preto


Corpo de Joaquim, 3, é achado no rio Pardo a 150 km de Ribeirão Preto






ISABELA PALHARES
ENVIADA ESPECIAL A BARRETOS





O corpo do garoto Joaquim Ponte Marques, 3, desaparecido desde a última terça-feira (5), foi encontrado no início da tarde deste domingo (10) no rio Pardo, em Barretos, a 150 quilômetros de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
Justiça decreta prisão temporária de mãe e padrasto de Joaquim
Joaquim foi morto antes de ser jogado no rio, diz delegado

Embora tenha sido encontrado no rio, a Polícia Civil informou que exames preliminares feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões.

Uma das hipóteses levantadas pela polícia é que ele tenha sido jogado já sem vida no córrego Tanquinho, que fica a 200 metros da casa da família, no Jardim Independência e, de lá, tenha sido levado até o ribeirão Preto, que é afluente do Pardo.
Editoria de arte/Folhapress



Após o encontro do corpo, a polícia conseguiu que a Justiça concedesse hoje mesmo a prisão temporária do casal.

Nos quatro dias de buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros, a corporação percorreu cerca de 20 quilômetros no córrego, no ribeirão e no rio, sem sucesso.

O reconhecimento do corpo no IML foi feito pela mãe, Natália Mingoni Ponte, o pai, Arthur Paes, e o avô materno. O pai, no entanto, se recusou a ver o corpo do filho --só o reconheceu por fotos mostradas por policiais.

Após a confirmação da morte do garoto, pelo menos 150 pessoas foram à casa da família atrás do padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, que não foi a Barretos. Policiais isolaram a área e o tiraram do local, para que ele não fosse linchado.

Para o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), e para a Promotoria, há indícios da participação do casal no caso.

Por isso, a polícia fez, no dia seguinte ao sumiço, um pedido à Justiça de prisão temporária do padastro e de Natália, que foi negado.

Ambos negam envolvimento no caso. Na saída da delegacia de Barretos, Natália limitou-se a afirmar que é "muito inocente".
Reprodução

O menino Joaquim Ponte Marques, 3, que estava desaparecido desde a última terça-feira (5) em Ribeirão Preto (SP)


De acordo com o diretor do Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), João Osinski Junior, o corpo de Joaquim foi encontrado às margens do Pardo às 12h por um dono de rancho, que avisou o Corpo de Bombeiros.

Depois de reconhecer o corpo do filho, Natália voltou a Ribeirão e foi levada à DIG, para um novo depoimento, já na noite deste domingo. Cerca de cem pessoas estavam em frente ao local, protestando contra o casal.
FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

Desmilitarização da Polícia Militar. Solução ou retrocesso? Em meio a crise de credibilidade e respeitabilidade perante a sociedade, debate sobre o desmantelamento do aparato policial militar volta a dominar a pauta nacional

Desmilitarização da Polícia Militar. Solução ou retrocesso?
Em meio a crise de credibilidade e respeitabilidade perante a sociedade, debate sobre o desmantelamento do aparato policial militar volta a dominar a pauta nacional
Fernando Leite/Jornal Opção
Militares das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam): efetivo total das PMs soma mais de 600 mil, superior ao das Forças Armadas
Frederico Vitor
O assunto, há décadas, ronda as universidades, Congresso Nacional, imprensa e, claro, o meio policial. As manifestações populares em todo o Brasil, reprimidas à bala de borracha e com bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, reacenderam o debate sobre o papel das forças policiais estaduais militarizadas. Mas, a questão é muito mais complexa e profunda do que a readequação de ações das tropas de choque. Trata-se de uma demanda de reformas que vai desde a do Código Penal à redefinição do papel e atribuição de cada polícia existente nos Estados.

Na última semana, as manchetes dos principais jornais do País trouxeram o balanço da 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segu­ran­ça Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), cujo destaque é a pesquisa que aponta que 70,1% dos brasileiros não confiam na polícia. O número é 8,6% maior do que o registrado em 2012, quando 61,5% da população desconfiavam da atuação policial. Parado­xalmente, o índice de aprovação é inverso nos Estados Unidos e no Reino Unido. Cerca de 80% dos cidadãos americanos e britânicos dizem confiar em suas polícias.

Outra notícia que foi destaque e que chamou a atenção foi o fato de que a Polícia Militar (PM) de São Paulo, em cinco anos, matou mais que todas as polícias dos EUA juntas. Ou seja, a corporação paulista matou 6% mais que polícias americanas entre 2005 e 2009. Em 2012, o Conselho de Direitos Humanos da ONU chegou a sugerir a pura e simples extinção das PMs no Brasil.
Para os integrantes do Con­selho — como Dinamarca, Es­panha e Coreia do Sul —, estava claro que a própria existência de uma polícia militarizada seria uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pelo período do governo militar, de 1964 a 1985. Seria então, uma alternativa ao caos em que vive hoje a segurança pública, o banimento da militarização das polícias ostensivas dos 26 Estados e do Distrito Federal ou a unificação das polícias? Seria esta uma alternativa viável ou apenas uma ação dentre várias outras de uma série de demandas a serem realizadas, para se alcançar o nível de excelência que necessita o sistema de segurança hoje, no Brasil?
Extinguir ou aperfeiçoar

Provavelmente, a desmilitarização não seria a solução definitiva, mas, poderia ser o caminho para resolução de dezenas de gargalos que impregnam o sistema de segurança. No País há a separação das atividades de polícia judiciária (Polícia Civil) e de polícia ostensiva (Polícia Militar) no âmbito dos Estados. A PM e o Corpo de Bombeiros Militar constituem-se em militares dos Estados subordinados aos governadores, segundo a Constituição Federal de 1988. Além disso, as forças militarizadas estaduais seriam reserva estratégica do Exército, ou seja, em caso de guerra, as fileiras da PM podem ser utilizadas como tropas que lutariam regularmente no front de batalha. A hipótese é distante, mas está prevista na Carta Magna.

Se forem somados todos os efetivos das PMs dos Estados e do Distrito Federal chega-se a mais de meio milhão de soldados — cerca de 600 mil homens e mulheres —, número superior aos militares ativos das forças armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). Só a PM de São Paulo conta com mais de 100 mil militares, de longe, a segunda maior organização militar do Brasil, perdendo em efetivo apenas para o Exército.

Válido lembrar que antes da promulgação de Constituição de 1934, a maioria das PMs, denominadas Forças Públicas, se constituíam em verdadeiros exércitos estaduais. Durante a Revolução Cons­titucionalista de 1932, houve o enfrentamento entre algumas delas. O caso mais emblemático envolveu as forças de São Paulo e de Minas Gerais que duelaram em trincheiras nas divisas entre os dois Estados. O Brasil é o único país que adota um sistema de polícia ostensiva militarizada em âmbito regional.
Outros países, inclusive na América Latina e Europa, se utilizam de corpos de milícias em abrangência federal. São as Gen­darmarias que se constituem em uma força militar policial, encarregada do policiamento no âmbito da população civil — a palavra provém do francês “Gendarmeria”, em tradução livre “homens em armas”. Em vários outros países uma polícia militar é, normalmente, a corporação que exerce a função de polícia no interior das Forças Armadas. Nesse sentido, seu espaço de ação costuma restringir-se às instalações militares, aos prédios públicos e aos seus integrantes. Apenas em situações de guerra e exceção, estas polícias militares podem ampliar o escopo de sua atuação para fora dos quartéis e da segurança de prédios públicos.
Origens e experiências

A história das PMs se confunde com a própria história do País. A corporação brasileira que ganhou o nome de Guarda Real de Polícia foi fundada em 1809, pelo Príncipe Regente Dom João VI, de Portugal, que veio para cá fugindo das forças napoleônicas que marchavam em direção a Lisboa. O modelo adotado ao Brasil naquela época, ainda uma colônia fechada ao restante do mundo, era o mesmo que vigorava em Portugal que, por sua vez, se baseou no padrão de corpo policial francês, considerado o mais moderno naquele período.

O modelo de Gendarmaria, com o passar do tempo, passou a significar “Corpo de Guarda”, por isso que a polícia brasileira, ao ser fundado, carregou o nome “Guarda”. A Guarda Real, formada e mantida como uma polícia militar desde a sua gênese mudou de nome algumas vezes, até que na década de 30, durante o Estado Novo de Vargas, por um decreto federal, recebeu o nome atual de “Polícia Militar”.

Atualmente, no mundo inteiro, o modelo de polícia militar é usado por considerável número de países de diferentes aspectos socioeconômicos. Para citar alguns exemplos: Gendarmerie Nationale (França), Gendarmaria Nacional Argentina, Policía Nacional de Bolívia, Cara­bineros de Chile, Policía Nacio­nal de Colômbia, Guardia Civil (Es­pa­nha), Central Reserve Police Force (Índia), Polícia Armada do Povo (China), Polícia de Fronteira (Israel), Policía Federal (México), Guarda Nacional Republicana (Portugal), Arma dei Carabinieri (Itália) e Real Polícia Montada do Canadá.

Como mostrado, há várias experiências de corpos policiais militarizados pelo mundo, entretanto, diferentemente do Brasil, essas corporações exercerem o papel de polícia ostensiva, preventiva e, ao mesmo tempo, também fazem investigações de maneira autônoma. Tal característica de atuação presente em praticamente todas, com exceção do Brasil, chama-se “ciclo completo de polícia”. É como se 50 mil oficiais da PM exercessem as funções que hoje apenas os delegados podem fazer. Isso também incluiria 550 mil praças — soldados, cabos, sargentos e subtenentes — também fazendo a função de agentes de investigação.
Debate divide opiniões de estudiosos e militares
Mais importante do que desmilitarizar ou unificar as polícias é traçar uma estratégia específica para a segurança pública do Brasil. Não há dúvida de que é necessária uma reforma policial bem planejada, articulada e que leve em conta as especificidades de cada unidade federativa e do País como um todo. Mas uma reforma nestes moldes exige muito estudo, reflexão e debate. A desmilitarização e a unificação, da forma proposta em diversas emendas constitucionais já apresentadas, podem apenas misturar as duas estruturas, preservando assim as distorções, inclusive o ciclo incompleto de polícia.

Os que defendem o fim do modelo militarista argumentam que, com a consolidação das PMs como responsáveis pela completa extensão do policiamento urbano, as portas se abriram para a imposição da política de segurança interna, uma lógica militar que, às vezes é recheada de uso desproporcional da força que resulta em muita violência e abuso. Neste viés, quando a sociedade acorda periodicamente e se descobre vítima de violência da polícia em ações de mediação de conflitos sociais, — como o caso da desocupação de Pinheirinho, em São Paulo, do Parque Oeste Industrial, em Goiânia, e nas manifestações de rua deste ano —, de nada adiantaria pedir melhor "formação" dos policiais militares. Aliás, noções de direitos humanos já é difundido nos cursos de formação nas academias de polícia.

Para o tenente-coronel da PM de São Paulo Adilson Paes de Souza, que dedicou 28 anos de sua vida à corporação paulista, o modelo policial no Brasil é ineficiente e  precisa urgentemente de uma mudança drástica. O oficial da reserva, que nesta semana vai lançar o livro “O Guar­dião da Cidade — Reflexões sobre Casos de Violência Praticados por Policiais Militares” (Escrituras, 222 páginas), afirma que a opção de desmilitarização da polícia é apenas uma das soluções viáveis para tentar reverter o quadro de precariedade que se encontra a segurança pública brasileira. “Isso precisa ser muito bem encaminhado. A mudança é muito mais ampla, séria e leva mais tempo. Porém tem que ser começado.”
Resquício da ditadura

Adilson de Souza chama a atenção para outro aspecto que, segundo ele, precisa ser mudado dentro das PMs, que é a lógica da doutrina da Segurança Nacional, ainda um resquício do governo militar, segundo a qual a polícia está lidando com inimigos, e neste sentido, o inimigo no campo de batalha deve ser aniquilado. “Ao verificar a atuação dos órgãos policiais na repressão às manifestações de junho e julho, você não perceberá muita mudança da repressão praticada pela polícia no final da década de 70. Em cima de fatos, isso indica que o padrão de atuação ainda continua o mesmo dos tempos de ditadura militar”, diz.

“O Brasil tem que acabar com as PMs.” É o que afirma o doutor em antropologia, filosofia e ciências políticas, professor e autor de 20 livros, Luiz Eduardo Soares. Ele é conhecido por duas obras — “A Elite da Tropa 1 e 2” — que mais tarde tornaram-se dois filmes de maior sucesso de bilheteria do cinema nacional: “Tropa de Elite 1 e 2”, com o ator Wagner Moura. Para ele, as PMs seriam “uma pata da ditadura plantada com suas garras no coração da democracia”.

Ex-coordenador estadual de Segurança, Justiça e Cidadania do Rio de Janeiro entre 1999 e 2000, no governo Antony Garotinho, e secretário nacional de Segurança do governo Lula, em 2003, Luiz Soares afirma que a cultura militar para a polícia é uma problemática para a democracia, porque traz consigo a ideia da guerra e do inimigo. “A polícia, por definição, não faz a guerra e não defende a soberania nacional. A polícia tem que defender a cidadania e garantir direitos, impedindo que haja violações às leis.”
“Desmilitarização é apenas uma faceta de toda a problemática que envolve a segurança pública”
Para o coronel ex-comandante -geral da PM goiana e atual superintendente executivo da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Goiás, Edson Costa Araújo, o assunto desmilitarização da polícia é apenas um “fake”, uma “cortina de fumaça”, uma discussão velha que não tem sido devidamente avaliada. Ele afirma que não é interesse do Estado brasileiro perder o controle de uma tropa de 600 mil homens, e que todo o sistema de segurança pública no Brasil precisa ser reavaliado, já que se encontra completamente falido. “São necessárias mudanças substanciais, é preciso a desburocratização do serviço de polícia.”
Desmilitarização das polícias significaria retrocesso ou um avanço?
Na verdade, não é uma coisa nem outra. Isso é um fake, uma cortina de fumaça. É uma discussão antiga que não tem sido devidamente avaliada porque é apenas uma faceta de toda a problemática que envolve a segurança pública. Todas as vezes que é preciso fazer algo pela segurança pública, se parte para este viés simplista de achar que a desmilitarização é a panaceia da segurança pública. Esta área padece de problemas muito mais complexos. Este modelo dicotômico de polícia de meio ciclo, na realidade, é um sistema que não tem viabilidade. No mundo todo temos diversas polícias e todas  elas de ciclo completo. A questão de viabilidade, eficiência e de eficácia do sistema policial em si está centrado mais na questão da divisão que ocorre entre as polícias do Brasil. Essa divisão fomenta a discórdia. É um tipo de competição negativa que leva a sabotagem e a desencontros que não constroem o todo.
Em que modo este atual sistema deveria funcionar?
Era para ser uma corrida de bastão. A PM faria uma parcela do ciclo de polícia, como a prevenção. Deste modo, fechado o seu meio ciclo, encaminharia para Polícia Civil que daria continuidade. Isso tem sido o motivo de polêmicas em todo Brasil, de desavenças entre as duas polícias, o que não é um caso apenas de Goiás. É um problema de organicidade que, do ponto de vista estrutural, não tem funcionalidade.

E como funciona o ciclo completo das polícias estrangeiras?
O Brasil é o único caso que as polícias militarizadas não trabalham com o ciclo completo. A maioria das polícias no mundo ou é militar, propriamente dito, ou tem pelo menos estética militar, ou seja, prezam pela disciplina e hierarquia, e seus agentes andam fardados, para funcionar. Temos o caso da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal e as Gendarmarias da Espanha, França e Chile. No mundo todo temos polícias com esta estética e, quando civis, são muito mais militares do que as nossas. É muito mais importante para o Estado a questão do cunho militar para a polícia. Porque é uma estrutura eficiente no ponto de vista de controle. Como se controla polícias como a nossa PM, que tem cerca de 12 mil homens? E a de São Paulo, com 100 mil militares, numa atividade tão complexa, tão perigosa como a policial? Há demandas do Judiciário que têm que ser cumpridas. O sistema militar dá condições para a polícia funcionar. O militarismo deveria ser igual ao sistema operacional de nossos computadores, não deveríamos nem percebê-los. Simplesmente é um instrumento que dá controle a essa tropa, com padronização que a polícia deve ter. Imagina você sair na rua e encontrar um policial barbudo ou cabeludo? Isso o militarismo não permite. Todas essas questões, infelizmente, em um mundo corrompido que vivemos hoje, são o que algumas pessoas não querem para o Brasil, ou seja, não desejam organização e respeito à hierarquia.
Por que a desmilitarização seria um “fake”, como o sr. afirma?
É um fake porque ninguém fala em desmilitarização dos bombeiros. Há um tipo de preconceito em relação às PM. Não em relação à condição de ser militar, mas em relação à sua missão que é coercitiva, de chamar a atenção, de disciplinar a sociedade, de adotar ações que são repressivas, então isso tudo a sociedade não sabe bem o que é. Esses movimentos que o País passa de junho para cá, dá para notar que a sociedade e a mídia ficam sem saber o que querem. Quando a polícia age, ela está sendo truculenta. Quando ela não age, os manifestantes quebram tudo e aí se pergunta: onde está a polícia? A polícia é omissa! A própria população e a mídia ficam muitas vezes sem saber o papel da polícia. Mais do que qualquer coisa o Brasil vive uma crise grave de autoridade. Esta crise, talvez possa ter sido causada pelo processo de ditadura pelo qual passamos no País, de muita repressão e de muito cerceamento de liberdade. Encontramo-nos em uma pós-ditadura em que as pessoas ainda não compreenderam bem o papel da polícia. Tudo que a polícia faz em termos de repressão e de implementação da lei é compreendido como abuso. Enquanto isso, em outros países, está muito claro o papel da polícia e quais são os limites das pessoas em manifestações. Permito-me dizer que o Brasil está sendo utilizado como laboratório para experiências que, infelizmente, são nocivas ao País. Abrandaram-se as leis em relação ao tráfico, o que criou esse grande mercado que consome enorme quantidade de drogas.
A PM de São Paulo, a maior do Brasil, matou em confrontos mais do que todas as polícias norte-americanas. Como se dá este caráter confrontista da polícia?
É muito fácil, e é só pegar a legislação e o sistema de justiça e execução penal americano e perceber lá que as coisas funcionam. Então, lá não sobra este resíduo como aqui no Brasil, da polícia estar todos os dias sendo afrontadas pelos marginais. Nos Estados Unidos, o marginal não tem coragem de fazer isso com a polícia. E se fizer, dos poucos casos que acontecem, a polícia age com rigor. As abordagens do policial americano são duras, dentro de um padrão operacional que resguardam a segurança dele. No Brasil, infelizmente, isso se corrompeu de tal modo que foi parar nas ruas. Aquilo que se reclama da polícia de Goiás e de São Paulo é a última barreira, no sentido de respeito que o bandido está tendo. O enfrentamento se dá porque o bandido perdeu todas as suas preocupações e medos. Alguns anos atrás, não se via isto no País. O nosso sistema foi se corrompendo tanto que os bandidos estão conjurando os policiais e seus familiares. O que vimos em São Paulo foi uma guerra silenciosa, na qual mais de 70 policiais morreram. O confronto, na verdade, é o efeito colateral do desmantelamento de todo os arcabouços de Justiça no País. Quando o bandido está achacando a sociedade, nós, da polícia, vamos então guardar nossas armas? O que se quer da polícia? Este é o grande risco. O último muro que o bandido está tendo é de confrontar com a polícia nas ruas. Daí vem os Direitos Humanos e reprime esses policiais e falam que são grupos de extermínio. Hoje, para o policial participar de um confronto, se pensa duas vezes. Ela já sai sob dúvidas para seu trabalho, a própria mídia o coloca em suspeição. O agente tem que ter fé pública, o policial está representando o Estado, até que se prove o contrário ele está confrontando o bandido. Cabe as corregedorias verificar se não há nenhuma desconformidade legal. O que se faz no País é um movimento ideológico de oprimir o policial. Sabe qual o custo de um advogado para defender um policial em uma ocorrência colocada em suspeita? De R$ 10 mil a R$ 15 mil, que tem de se tirar do bolso para não ir preso. O policial está ficando retraído, ele não quer ir mais para rua.
Polícia americana aumenta a militarização em suas ações
Os Estados Unidos, assim como o Brasil, um país de dimensões continentais e subdividido por Estados, tem um significativo número de instituições e indivíduos atuando em prol da manutenção da lei e da ordem. São mais de 18 mil agências policiais em todos os níveis de organização política norte-americana — município, condado, Estado e União — que são servidas por um contingente de recursos humanos superior a 900 mil pessoas. Detalhe, nenhuma destas organizações policiais é militar. Porém, há um processo de militarização das ações policiais, especialmente após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e a crescente guerra contra o tráfico de drogas.

A imagem do policial americano está se deslocando para a de agentes armados com rifles, transportados em veículos blindados e doutrinados numa mentalidade de guerra. Aumentou o número de departamentos de polícia que possuem equipes táticas como a SWAT, treinados com métodos militares. Para título de comparação, em média, nos Estados Unidos há cerca de 11 mil homicídios por ano, para uma população de 311 milhões de pessoas, enquanto o Brasil tem 55 mil homicídios por ano com uma população de 196 milhões de habitantes. Ou seja, o país da América do Norte tem quase o dobro da população e um quinto dos homicídios brasileiros.

Do ponto de vista organizacional, nos Estados Unidos compete constitucionalmente aos Estados realizar a maior parte das atividades de policiamento. As unidades federativas, por sua vez, transferem às comunidades locais — condados e municípios — boa parte do poder de fiscalização policial, o qual termina por ser efetivamente exercido pelas chamadas “polícias locais.”
A operação total deste colossal sistema de segurança que engloba organizações policiais mais os departamentos autônomos que atuam em áreas específicas da segurança pública — conjuntos residenciais, ferrovias, sistemas metropolitanos, aeroportos — consomem U$ 44 bilhões anuais. As polícias locais, ou organizações municipais, de condado e xerifados são a “espinha dorsal” daquele modelo, com mais de 15 mil organizações.

Para o cidadão estadunidense, a expressão “polícia” está identificada com a organização policial que serve ao município ou condado de residência. Existem mais polícias locais de pequeno porte — efetivo variando de um até 100 policiais — do que de grande estrutura e efetivos, como no caso das cidades de Nova York e Los Angeles, cujo quadro policial ultrapassa 20 mil homens e mulheres. A maioria absoluta dos departamentos locais de polícia possui menos de 50 policiais e 90% dessas instituições servem comunidades com menos de 25 mil habitantes.
Estados e União

Dos 50 Estados americanos, 49 possuem departamentos de polícia estadual — a exceção é o Havaí. O policial estadual americano faz o policiamento ostensivo de “ciclo completo”, em toda área de jurisdição do Estado. Os estaduais, coordenam sua atuação com as polícias locais, de maneira a complementar as atividades de segurança pública dos municípios e condados — inclusive apoiando-as nas áreas de formação e treinamento —, sempre que os recursos locais não sejam suficientes.

As polícias estaduais também fazem o patrulhamento das rodovias sob domínio do Estado, executam o policiamento ostensivo em pequenas localidades e funcionam como polícia judiciária de jurisdição exclusiva nos delitos tipificados na legislação penal estadual. Algumas polícias estaduais seguem um padrão organizacional descentralizado, e são constituídas por duas divisões claramente distintas: uma de policiamento ostensivo geral ou patrulhamento rodoviário e outra funcionando como um departamento estadual de investigações — semelhante ao Federal Bureau Investigation (FBI).

A atividade policial do governo federal americano aumentou de forma significativa na medida em que cresceu o número de delitos criminais tipificados em legislação federal. Dados atuais dão conta da existência de 75 mil indivíduos empregados nas diferentes agências policiais federais. Vários departamentos do governo federal norte-americano  — equivalentes aos mi­nistérios brasileiros — possuem agências policiais, tais como: justiça, tesouro, interior, defesa, administração e transportes. Os maiores são: FBI, Fisca­li­zação de Drogas (DEA), Serviço de Imigração e Natura­lização (INS), Serviço Aduaneiro dos EUA (USCS), Serviços de Na­tureza Secret (USSS) e Depar­tamento do Interior (DI).fonte
http://jornalopcao.com.br/posts/reportagens/desmilitarizacao-da-policia-militar.-solucao-ou-retrocesso

sábado, 9 de novembro de 2013

Hemocentro precisa de doação de sangue dos tipos O+ e O- Para ser doador, é necessário ter entre 16 e 67 anos


Hemocentro precisa de doação de sangue dos tipos O+ e O-

Para ser doador, é necessário ter entre 16 e 67 anos





Do R7

É possível agendar a doação pelo telefone 160, opção 2, no Disque SaúdeAgência Brasília

A Fundação Hemocentro de Brasília precisa de doações urgentes dos tipos sanguíneos O+ e O-.

O sangue coletado no Hemocentro, que fica na Asa Norte, área central de Brasília, é distribuído para hospitais públicos e privados de Brasília.




Para doar, é necessário estar saudável, ter entre 16 e 67 anos e pesar no mínimo 50 quilos.

É preciso levar documento com foto. É possível até agendar a doação, pelo telefone 160, opção 2.

Criança de 11 anos morre após ser atropelado por caminhão

Criança de 11 anos morre após ser atropelado por caminhão

Vítima estaria a caminho da escola quando foi atingido

Menino mortoUma criança de 11 anos morreu nesta sexta-feira (8) após ser atropelada por um caminhão de entregas, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Militar (PM), o motorista do caminhão alegou que não viu  o estudante Victor José Pereira ao fazer uma curva. Segundo a Polícia Civil, ele deve responder pelo crime de homicídio culposo.

Zelador de condomínio morre após sequestro


Zelador de condomínio morre após sequestro


Moradores de um residencial foram surpreendidos com ação do funcionário. Segurança do local foi mantido refém
sábado, 9 de novembro de 2013 | Por: Alex Vieira
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Eduardo Pinheiro


Segurança Maxwell Alves, 28 anos, presta depoimento na Deic, momentos após o ocorrido

O zelador Ronislei Vitor Gomes, de 33 anos, morreu às 12horas de ontem após dar um tiro no próprio rosto. O trabalhador manteve o segurança Maxwell Alves de Oliveira, de 28 anos, refém durante duas horas na guarita do condomínio em que trabalhava, no Setor Negrão de Lima, na região leste de Goiânia. Ronislei tinha histórico de tratamento psiquiátrico e teria ingerido bebida alcoólica antes de render o segurança. O Comando de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar (PM), chegou a cercar o entorno do residencial.

Após as horas de tensão, o segurança prestou depoimento na tarde de ontem na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele apresentava lesão na região do pescoço, onde Gomes pressionou uma faca durante o sequestro. De acordo com o delegado Glaydson Carvalho, que cuida do caso, o segurança demonstrou tranquilidade durante o depoimento e afirmou não ter nenhum histórico de rixa entre ele e o sequestrador.

O delegado ainda afirma que, segundo relato de Oliveira, o zelador teria invadido a guarita e o rendido somente para pegar a arma que o segurança portava. Assim que rendeu o segurança, Gomes exigiu a presença de imprensa e da polícia. “A intenção dele, desde o princípio, era se matar. Estava em estado de surto. Embora tenha ameaçado Oliveira, o sequestrador não fez nenhuma exigência, como é comum, apenas dizia que iria se matar. E o fez”, afirma.

A intervenção policial do Comando de Operações Especiais (COE) somente ocorreu após o tiro. Até então, conforme salienta o delegado, um negociador tentava estabelecer contato com o sequestrador, enquanto o COE cercava o local. A PM e os bombeiros deram suporte isolando a rua do condomínio. “A guarita possui um vidro escuro, de modo que quem estava dentro podia ver tudo, mas os policiais na parte externa não conseguiam ver o que ocorria lá dentro. Assim que ouviram o estampido, os agentes do COE invadiram o recinto e viram que o zelador havia se matado”, relata.

Comportamento

Síndico do condomínio onde ocorreu o incidente, Selmar Serafaim afirma que Gomes era um funcionário exemplar e nunca apresentou problema ou dificuldades de relacionamento. Ele era terceirizado e trabalhava há quatro meses na empresa. Certa vez, o trabalhador teria pedido permissão para usar fones para ouvir música durante o trabalho, o que, segundo o síndico, denotava cuidado e respeito.

Serafaim contesta a informação de que o zelador fez uso de bebidas alcoólicas ou drogas antes de render o segurança na manhã de ontem. O síndico salienta que, segundo relato da irmã de Gomes, ele havia passado por tratamento psiquiátrico, mas recebeu alta médica alguns meses atrás. Não necessitando, portanto, o uso de remédios controlados.

Segundo o síndico, não havia queixas por parte de nenhum funcionário ou morador sobre o zelador. “A irmã dele chegou a me dizer que Ronislei estava feliz com o momento que estava vivendo e que se mudou para uma casa próxima ao condomínio. Tudo para poder chegar aqui sem atraso. Para todos no condomínio foi uma surpresa.” (colaborou Myla Alves)

Polícia tentou negociar com funcionário

Segundo informações do porta-voz da PM, coronel Divino Alves, dois policiais militares que trabalhavam com a negociação tentaram a rendição de Ronislei Vitor Gomes. “Todas as providências possíveis foram tomadas pela Polícia Militar, mas infelizmente a situação teve esse fim. Esperávamos que fosse resolvido de forma pacífica, mas não foi possível”, informa.

A guarita onde o vigilante foi feito refém permaneceu isolada pelos policiais militares, aguardando a chegada dos peritos. Maxwell Alves de Oliveira fez exame de corpo de delito na tarde de ontem no Instituto Médico Legal (IML). As testemunhas serão ouvidas nos próximos dias e haverá exame pericial na arma de fogo. O caso deve ser arquivado.

Morador

Euder Araújo, morador do residencial, relata que o comportamento de Gomes era bom e que não havia nada que desabonasse sua conduta profissional. “Todo mundo ficou bastante tenso e com medo dentro do prédio. É uma situação que não acontece todo dia”, conta.

Para ele, esta é uma demonstração de como a violência é crescente na capital. “A violência chegou para todos os tipos de residência, inclusive para os condomínios fechados. A violência está em qualquer lugar. Vamos discutir com a nossa administração para rever questões de segurança.”

Homem é assassinado na madrugada deste sábado em Jataí


Homem é assassinado na madrugada deste sábado em Jataí







vítima: João Batista da Silva, de 37 anos

O crime aconteceu por volta das 3h30min da madrugada deste sábado (09), na Avenida D, no Bar Vitoria próximo a rodoviária.

Segundo informações da Policia Militar, dois homens em uma moto chegou no Bar citado um deles entrou no bar sem tirar o capacete e perguntou ao proprietário do estabelecimento se tinha cerveja, o comerciante disse que sim, e alertou ao homem que não podia ficar no local de capacete.


Neste momento o indivíduo saiu do bar, mas logo ele voltou armado e efetuou vários disparos de arma de fogo contra João Batista da Silva, de 37 anos, que estava sentado em uma mesa dentro do Bar, após assassinar a vítima o homicida fugiu com destino ignorado.



A policia militar acredita que o assassino estava à procura da vítima, uma das linhas de investigação é de que o crime tenha sido passional, já que segundo familiares da vítima, ele estava sendo ameaçado por um homem que acreditava que a vitima estava mexendo com sua esposa.



A polícia segue com a investigação, o CPT após o crime efetuou diligências pela cidade atrás do suspeito de ter matado o João Batista, o nome deste suspeito não foi divulgado pela policia.



A policia técnico científica esteve no local realizando a pericia e posteriormente o corpo da vítima foi removido pela equipe do IML de Jataí.
Assista a entrevista com o SGT. Luiz:
http://plantaodepoliciajti.com.br/portal/homem-e-assassinado-na-madrugada-deste-sabado-em-jatai/#.Un3u56VOo8g.facebook









Assaltantes atiram contra militar. Esposa morre.


Assaltantes atiram contra militar. Esposa morre.




O sargento Hélio, da Polícia Militar, e a esposa foram baleados durante a fuga de três assaltantes, na tarde desta quinta-feira (7), na esquina da avenida 16 de Novembro com a rua Senador Manoel Barata, em Belém. Os criminosos haviam cometido um assalto minutos antes e foram atropelados pelo militar. A mulher morreu.



Foto: Adriano Magalhães

Após assaltar uma loja próxima, por volta das 12h30, o trio empreendeu fuga e se deparou com guarnições da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Os bandidos, então, efetuaram ao menos oito disparos contra os agentes. Naquele momento, o sargento Hélio, que estava à paisana e trafegava logo atrás da motocicleta usada na fuga, tentou impedi-los.

Após colidir com a motocicleta, os três assaltantes cairam, mas continuaram atirando contra a Guarda e a PM. O sargento chegou a arrastar a motocicleta e os bandidos por alguns metros, porém, freou o automóvel. Em seguida, um dos bandidos se levantou e efetuou dois disparos - um no pescoço do policial militar e outro na cabeça da esposa.

Rapidamente, o trio empreendeu fuga em outra motocicleta e foi perseguida por policiais militares da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), que culminou em um assalto com refém na avenida 15 de Novembro, próximo do local do crime.

Policiais em outra viatura da Rotam socorreram o policial baleado - cujo estado de saúde é gravíssimo - e o encaminharam ao Hospital Pronto-Socorro Humberto Maradei, no Guamá. Já a esposa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar ainda dentro do veículo, mas já havia morrido.

(DOL)