Blindada, presidente Dilma Rousseff acredita ter escapado de protestos
Depois do Sete de Setembro, Planalto avalia que movimentos de massa refluíram e ficaram restritos a grupos violentos, sem apoio da população. Governistas tentam elaborar plano contra vandalismo
Denise Rothenburg
Publicação: 09/09/2013 06:00 Atualização: 09/09/2013 08:09
Dilma durante o desfile do Sete de Setembro: assessores defendem que a presidente faça mais aparições públicas
(Iano Andrade/CB/D.A Press - 7/9/13)
Dilma durante o desfile do Sete de Setembro: assessores defendem que a presidente faça mais aparições públicas
As manifestações do Sete de Setembro em várias cidades brasileiras não vão tirar a presidente Dilma Rousseff das ruas. A avaliação do governo, de um modo geral, é a de que os movimentos de massa refluíram e, em muitos locais, ficaram restritos a grupos interessados na violência. Foi o que se viu, por exemplo, em parte dos protestos no Rio de Janeiro, em Brasília, em Fortaleza e em Curitiba. Dentro do governo e no Congresso, há quem esteja disposto a chamar a Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério Público, governadores, prefeitos, para, em parceria com a Força Nacional, estabelecer um plano de ação para pôr um basta no vandalismo que tomou o lugar das manifestações. Na cerimônia de sábado, o Planalto reduziu o tempo de desfile e reforçou a segurança próxima ao palanque de Dilma.
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No Congresso, o PT encampou a ideia: “A OAB e o Ministério Público não podem dar guarida a mascarados que saem às ruas para quebrar tudo. Não é mais um movimento social, é uma ameaça à ordem social”, afirma o líder do partido na Câmara, José Nobre Guimarães, do Ceará. Ele contou que assistiu ao desfile do Sete de Setembro em Fortaleza, onde um grupo de 500 pessoas quebrou lojas e carros. “Em Fortaleza, era possível destacar muito bem os dois grupos. Cerca de 1.500 pessoas participaram do Grito dos Excluídos, que todos os anos faz o seu protesto por melhores condições de vida. Do outro lado, 500 pessoas quebraram tudo o que viam pelo caminho. Isso tem que acabar”, afirmou. “Movimento social, terá todo o nosso apoio. Reclamações por mais saúde, educação, segurança têm o nosso apoio. Agora, mascarados quebrando tudo, não”, diz o líder petista.
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Exageros
Até no Democratas, que ao lado do PSDB e do PPS, integra o tripé oposicionista no Congresso, há uma visão de que há exageros a merecer uma atenção por parte do poder público como um todo. “Os governos precisam entender que as manifestações não perderam o fôlego. Estão apenas contidas. Não houve uma resposta clara por parte do governo federal no que diz respeito à saúde, à educação e aos anseios gerais do povo brasileiro. E restou o vandalismo para chamar a atenção. Obviamente, há exageros que merecem providências por parte do poder público e essas providências também não foram adotadas”, diz o líder do DEM no Senado, José Agripino.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2013/09/09/interna_politica,387035/blindada-presidente-dilma-rousseff-acredita-ter-escapado-de-protestos.shtml
Em voto separado, em reunião da Comissão Mista, ontem à tarde, o líder do Governo, Fábio Sousa (PSDB), manteve o reajuste dos salários do servidorees em 6,2%, com os seguintes percentuais: 1,52% retroativo a maio de 2013; 3,24% a partir de 1º de maio de 2014; e 2,34%, a partir de 1º de março de 2015.
Votaram contra a matéria os parlamentares Major Araújo (PRB), Daniel Vilela (PMDB), Mauro Rubem (PT), Karlos Cabral (PT), Simeyzon Silveira (PSC), Bruno Peixoto (PMDB), Humberto Aidar (PT) e Paulo Cezar Martins (PMDB).
Pela proposta original, o reajuste dos salários dos servidores seria dividido em quatro parcelas de 1,52%, a serem pagas entre maio de 2013 e maio de 2016. O impacto do aumento nas contas do Estado será de R$ 51,8 milhões em 2013; R$ 131,4 milhões em 2014; R$ 212,5 milhões em 2015; e R$ 295 milhões em 2016.
Na justificativa do projeto, a Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) esclarece que o projeto atende cláusulas previstas na Constituição Federal, na Constituição Estadual e na Lei estadual 14.698/2004, que dispõem acerca da revisão geral anual da remuneração do subsídio dos servidores públicos.
“O referido projeto de lei contempla a revisão geral anual da remuneração, dos subsídios e dos proventos do pessoal civil e militar ativo, inativo e seus pensionistas previdenciários com direito a paridade, inclusive empregados públicos, da administração direta, autárquica fundacional do Poder Executivo, bem como das pensões especiais dos anistiados políticos beneficiários da Lei nº 14.067, de 26 de dezembro de 2001, referente ao exercício de 2013”, diz o texto.
O projeto deve ser incluido na pauta da sessão ordinária desta quinta-feira, 5, para ser apreciado em segunda e definitiva votação. Em seguida, seguirá à sanção do Governador.
Votaram contra a matéria os parlamentares Major Araújo (PRB), Daniel Vilela (PMDB), Mauro Rubem (PT), Karlos Cabral (PT), Simeyzon Silveira (PSC), Bruno Peixoto (PMDB), Humberto Aidar (PT) e Paulo Cezar Martins (PMDB).
Pela proposta original, o reajuste dos salários dos servidores seria dividido em quatro parcelas de 1,52%, a serem pagas entre maio de 2013 e maio de 2016. O impacto do aumento nas contas do Estado será de R$ 51,8 milhões em 2013; R$ 131,4 milhões em 2014; R$ 212,5 milhões em 2015; e R$ 295 milhões em 2016.
Na justificativa do projeto, a Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) esclarece que o projeto atende cláusulas previstas na Constituição Federal, na Constituição Estadual e na Lei estadual 14.698/2004, que dispõem acerca da revisão geral anual da remuneração do subsídio dos servidores públicos.
“O referido projeto de lei contempla a revisão geral anual da remuneração, dos subsídios e dos proventos do pessoal civil e militar ativo, inativo e seus pensionistas previdenciários com direito a paridade, inclusive empregados públicos, da administração direta, autárquica fundacional do Poder Executivo, bem como das pensões especiais dos anistiados políticos beneficiários da Lei nº 14.067, de 26 de dezembro de 2001, referente ao exercício de 2013”, diz o texto.
O projeto deve ser incluido na pauta da sessão ordinária desta quinta-feira, 5, para ser apreciado em segunda e definitiva votação. Em seguida, seguirá à sanção do Governador.