A inteligência das Forças Armadas identifica o que está realmente por trás da temporada de protestos contra o elevado preço da passagem de ônibus e a péssima qualidade do transporte coletivo urbano.
As manifestações são ações psicológicas de grupos radicais de esquerda, contando com o apoio de partidos ligados à velha IV Internacional Socialista, aproveitando-se de que o brasileiro está de saco cheio.
Na visão dos analistas militares, o que se faz é um balão de ensaio. Aparentemente, o movimento radical tem a função de desgastar os governos.
O problema é no que pode redundar, politicamente, uma onda crescente de protestos que começam fechando grandes avenidas, impedindo o direito geral de ir e vir, mas que, no final, descambam para a violência gratuita e inconsequente.
O Estado brasileiro não sabe lidar com tais situações – a não ser na tradicional “repressão”. Mas como se trata de uma guerra de 5ª Geração, em batalhas assimétricas como as promovidas pelas organizações criminosas, o suposto poder público fica ainda mais desnorteado e refém das ações psicológicas de terrorismo urbano.
Rio de Janeiro e São Paulo devem experimentar, a partir das 17 horas de hoje, uma nova ação urbana do Movimento Passe Livre. No RJ, os manifestantes se concentram na Cinelândia.
Em Sampa, a mobilização começa no Teatro Municipal. A previsão é de tempo fechado com as tropas de choque da Polícia Militar. É alto o risco de badernas e conflitos – como os de terça-feira na capital paulista.
Tirando o aspecto ideológico, um fato é bem concreto e objetivo. As pessoas começam a ficar de saco cheio de tanta coisa ruim praticada pelos governos. Assim, os grandes centros urbanos se transformam, facilmente, em barris de pólvora.
Se algum grupo mais organizado consegue focar a vontade de protestar em um tema problemático que consiga ser entendido pela população, a onda de reclamações vira um tsunami.
O bloco vai para a rua após convocação nas redes sociais da internet. Mesmo que a intenção do protesto tenha a retórica pacífica, na hora que a turma supostamente da paz se junta com os porralocas radicais, tudo se transforma.
E o resultado dos eventos é bem previsível na hora do rush de cidades estressadas como Rio e São Paulo: o pau acaba comendo com a polícia. O noticiário dá repercussão, e as imagens ganham projeção internacional.
Nada pior para o Brasil em tempos de propaganda demagógica com a Copa das Confederações – que vai expor nossa desorganização e falta de infraestrutura nas cidades em que os jogos vão acontecer.