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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Fala de ministro francês sobre a Amazônia irrita militares brasileiros “A floresta amazônica não pertence apenas aos brasileiros, mas à humanidade”, disse o ministro do Comércio Exterior da França


Fala de ministro francês sobre a Amazônia irrita militares brasileiros
“A floresta amazônica não pertence apenas aos brasileiros, mas à humanidade”, disse o ministro do Comércio Exterior da França

Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images


Nada é mais capaz de despertar os instintos primitivos, porém inócuos, dos militares brasileiros do que a fala de uma autoridade estrangeira sobre quem é de fato dono da Amazônia.

O ministro do Comércio Exterior da França, Franck Riester, fez um alerta, ontem, em uma sessão do Senado de seu país: “A Amazônia não é apenas dos brasileiros”.

Estava em discussão o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. A França não assinará o acordo enquanto o Brasil não cuidar melhor do meio ambiente.

Para Franck Riester, o governo Bolsonaro não mostra ainda o engajamento necessário e “faz o contrário do que precisa fazer” em temas ambientais. “É inimaginável assinar o acordo”, afirmou.
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“A floresta amazônica não pertence apenas aos brasileiros. Mas à humanidade”, disse o ministro. “Se eles não se moverem, não terão acesso mais fácil ao mercado europeu do que hoje”, completou.

De fato, a Amazônia não é apenas brasileira. Ela ocupa uma área que se estende por nove países (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Equador).

60% da floresta Amazônica cobrem terras do Brasil. Ela representa em sua totalidade um terço das florestas tropicais do mundo. Sua preservação é vital para a vida no planeta.

Desde antigamente que os militares enxergam um complô internacional para tomar a Amazônia do Brasil. Se ele um dia existiu, não há provas nem evidências de que ainda exista.

Fato é que o Brasil, à época do curto governo do presidente Jânio Quadros no início dos anos 1960, armou-se para invadir a Guiana Francesa. Só não o fez porque Jânio renunciou antes.

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