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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Justiça determina que Taurus troque 704 pistolas da Polícia Civil de Goiás


Justiça determina que Taurus troque 704 pistolas da Polícia Civil de Goiás

Decisão afirma que armas apresentaram problemas e estão em desacordo com o determinado pelo Exército, o que a empresa nega. A pena, em caso de descumprimento da liminar, é de multa de R$ 5 mil por dia.


Por Vanessa Martins, G1 GO

11/08/2020 11h13 Atualizado há 6 horas



Pistola PT 24/7 PRO D da fabricante Taurus — Foto: Reprodução

Uma decisão liminar da Justiça de Goiás determinou que a empresa Taurus troque 704 pistolas do modelo PT 24/7 PRO D vendidas à Polícia Civil de Goiás. Segundo o documento, as armas fornecidas inicialmente não foram aprovadas pelo Exército Brasileiro e uma perícia apontou que poderiam disparar involuntariamente. A decisão cabe recurso.


Por meio de nota, a Taurus informou que não foi intimada da decisão. Segundo o texto, a empresa "demonstrou no processo que inexistem os problemas no armamento fornecido e que o pedido de fornecimento de armas novas é incabível".


O comunicado diz ainda que "a Taurus demonstrará na ação a improcedência de todas as alegações do estado de Goiás, bem como buscará responsabilizá-lo e seus agentes por todas as ações sem embasamento legal tomadas contra a empresa".


Assinado pela juíza Zilmene Manzolli, o documento foi publicado na última quinta-feira (6) e prevê multa de R$ 5 mil por dia caso a empresa não cumpra a determinação.


O pedido na Justiça por essa substituição das pistolas informou que o estado gastou R$ 1, 3 milhão com as 704 armas. O documento relatou ainda que, “sem conhecimento/autorização do Exército Brasileiro” a Taurus fez mudanças na arma e “assumiu o risco de comercializá-la".



Na decisão, a juíza cita uma perícia feita pela Secretaria de Segurança Pública que apontou que “no estado que a pistola vistoriada se encontrava, o disparo poderia ocorrer de forma voluntária e involuntária”.


A magistrada considerou ainda a medida de substituição das pistolas como urgente porque, segundo ela, aguardar o fim do processo levaria a “risco eminente os portadores das pistolas em referência, bem como a sociedade”.


Ainda justificando a decisão, Zilmene destacou que “a Polícia Civil desguarnecida de armamento de qualidade, resultaria em agravamento da segurança pública”.


A Polícia Civil informou, por meio de nota, que "é representada pela Procuradoria Geral do Estado, não cabendo, então, discutir acerca de qualquer decisão judicial".


Histórico de defeitos

O modelo citado na decisão liminar já teve problemas relatados em perícias e por policiais que a usaram. Em novembro de 2017, um vídeo foi divulgado mostrando a pistola atirando de forma involuntária. Nessa ocasião, um policial foi baleado na perna.

Em outubro do mesmo ano, o Ministério do Trabalho proibiu o uso de 2,5 mil pistolas deste modelo em Goiás, pela Polícia Militar. Uma auditoria havia apurado que o modelo da arma já causara mais de 20 acidentes.

A reportagem entrou em contato com a PM, por e-mail enviado às 12h15, para saber se as pistolas não foram mais usadas e aguarda retorno.

Em outubro de 2019, a empresa chegou a ser condenada a indenizar um PM em R$ 20 mil pela pistola ter falhado durante a tentativa de reação a um assalto, em Goiânia.

O G1 pediu informações à empresa, por e-mail encaminhado às 12h10, sobre o andamento desse processo e espera um posicionamento.

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