PÓS GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA E CIENCIAS DA HISTORIA
RESENHA CRÍTICA
DISCIPLINA: CIÊNCIA TECNOLOGIA E SOCIEDADE
ALUNO: WALDEMIR MORAES ACIOLY DE MELO
OBRA ANALISADA: A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO E O AVANÇO TECNOLOGICO NO DECURSO DOS TEMPOS.
RESENHA CRÍTICA
DISCIPLINA: CIÊNCIA TECNOLOGIA E SOCIEDADE
ALUNO: WALDEMIR MORAES ACIOLY DE MELO
OBRA ANALISADA: A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO E O AVANÇO TECNOLOGICO NO DECURSO DOS TEMPOS.
OBJETIVO DO AUTOR
O objetivo do autor na presente obra, é proporcionar ao leitor uma visão geral da evolução da comunicação e o avanço tecnológico no decurso dos tempos. Destacando a linguagem oral e palavra constituída a estrutura da memória social.
Escrito em linguagem simples e dentro de uma perspectiva de evolução histórica, o autor apresenta as mudanças sofridas como também a evolução da tecnologia na comunicação entre os povos e a transmissão do conhecimento através linguagem oral e palavra constituída. permitindo ao leitor compreender as razões históricas, sociais e tecnológicas que originaram as diferentes formas da comunicação e tecnologia.
O autor Pierre Levy (1999) afirma que nas sociedades orais a noção de tempo apresentava-se de forma circular, ou seja, estava centrada na memória humana e na linguagem oral, e a palavra constituía a estrutura da memória social. Contudo as sociedades escritas caracterizavam-se pela forma linear de ver a história, na qual a memória humana já não era o principal dispositivo para armazenar a informação e o conhecimento, pois com a escrita e a prensa, o saber passou a sobreviver no papel impresso.
O autor enfatiza que a evolução da comunicação e a armazenamento das informações e escrita como também a transmissão conhecimento se dava através da linguagem oral e palavra constituída a estrutura da memória social.
Esse fator hora em destaque nos leva a uma viagem ao começo de tudo: Como se deu o inicio das comunicações , onde há registros dos primeiros arquivos ou achados arqueológicos que nos leva a conclusão de que na antiguidade o conhecimento eram repassado de formas diversas.
A COMUNICAÇÃO HUMANA E OS ELEMENTOS HISTÓRICOS
Desde o primeiro momento do surgimento do homem sentiu-se a necessidade de vida em sociedade,surgiu então à necessidade de se comunicar uns com os outros, para expressarem seus sentimentos e até mesmo sua cultura, conhecimentos transmitidos de pais para filhos como uma questão de subsistência e por muitas vezes também se comunicavam no intuito de alertarem para algum perigo próximo.
A escrita segundo a história originou se a partir dos desenhos de ideogramas,em que o desenho de um animal o representaria, ou o desenhos de duas pernas, poderiam representar tanto o ato de andar como o de ficar de pé, com o processo de evolução os símbolos acabaram por se tornarem abstratos e evoluíram de forma a não terem nenhuma relação com os caracteres originais.
A escrita passou a ser um processo de simbolismo que possibilitou o homem a evolução das mensagens que possibilitou a sua comunicação, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância. O surgimento da escrita é de grande importância para a história, pois a partir desse momento que se encontram os primeiros registros de comunicação, no qual datam acontecimentos considerados importantes para a época vivida, e que seriam passados não só de um individuo para outro, mas de geração em geração.
Com o passar dos tempos e evolução do homem as criações a partir da pedra que posteriormente foi substituido pela manipulação do fogo e o aço forjado. O homem com suas habilidades começou os seus inventos que passaram de artefatos de caça a inventos que possibilitaram a comunicação entre os povos.
Com os avanços tecnológicos e experimentos o homen sentiu se a necessidade de proteção e segurança, segundo hitoriadores os hebreus,Asirios,Sumérios como toda a civilização antiga em seus experimentos começaram a aprimorar suas tecnicas de comunicações como equipamentos diversos para segurança.
Com a evolução do homen, criações e tecnicas para facilitar a vida em sociedade foi um dos pontos principais para o convivio em grupo e a comunição foi de suma importância para que esse proscesso se consolidasse.
Os aparatos e inventos como sobretudo a evolução do homen o levou para uma outra éra onde suas criações passaram a ser tecnologicas e de grande importância para a sociedade.
De mesmo modo a criação do Telescópio por Galilei Galileu no seculo XII, criação que revolucionou a astronomia, a invenção da maquina de impresão tipo movel por JOANES GUTEMBERG, um alemão que revolucionou a comunicação escrita no Sec.XV.
Gutenberg desenvolveu o seu invento por volta do ano de 1430. A máquina de imprensa de Gutenberg contava com uma prancha onde eram dispostos os tipos, ou caracteres, móveis.
No início do século XVI, os efeitos provocados pela imprensa de Gutenberg já eram perceptíveis nos principados alemães, sobretudo quando, por meio da imprensa, houve a popularização dos panfletos críticos do reformista Martinho Lutero. A Reforma Protestante deflagrada por Lutero em 1517 passou a ter uma grande recepção entre a população letrada da Alemanha, em virtude da circulação das teses e dos panfletos impressos. Posteriormente, uma contribuição ainda maior de Lutero para a história da leitura estaria de “mãos dadas” com a imprensa de Gutenberg: a tradução da Bíblia do latim para o alemão.
Com a Bíblia traduzida para uma língua vulgar (no sentido de que não era clássica, como o latim), a demanda por sua leitura também se tornou grande, já que nem toda a população letrada do século XVI dominava o latim. O papel da impressão em tipos móveis foi decisivo para suprimir essa demanda no menor tempo possível. Do século XVI para cá, as máquinas de imprensa (ou impressão, como é mais comumente dito hoje) tornaram-se ainda mais sofisticadas, bem como o público leitor mais amplo, diversificado e sofisticado, o que gerou novas perguntas e novas problemáticas a respeito de se estamos ou não passando por uma nova revolução no campo da leitura, como bem sugere o historiador francês Roger Chartier:
“A revolução do nosso presente é, com toda certeza, mais que a de Gutenberg. Ela não modifica apenas a técnica de reprodução do texto, mas também as próprias estruturas e formas do suporte que o comunica a seus leitores. O livro impresso tem sido, até hoje, o herdeiro do manuscrito: quanto à organização em cadernos, à hierarquia dos formatos, do libro da banco ao libellus; quanto, também, aos subsídios à leitura: concordâncias, índices, sumários etc. Com o monitor, que vem substituir o códice, a mudança é mais radical, posto que são os modos de organização, de estruturação, de consulta do suporte do escrito que se acham modificados. Uma revolução desse porte necessita, portanto, outros termos de comparação.” (1)
A EVOLUÇÃO TECNOLOGICA E A COMUNICAÇÃO
Ao longo do século XX, mais precisamente entre os anos de 1940 e 1970, é que se dá o inicio de uma era de desenvolvimento da última geração de avanços tecnológicos. Em que através da técnica de imprimir ilustrações, como desenhos e símbolos se tornam possível transmitir informações a um determinado grupo de indivíduos, que por sua enorme expansão se torna cada vez mais acessível a um maior número de pessoas. Esse novo método de comunicação, a escrita em papel, passa a alterar o modo de vida das pessoas, pois tem maior influência sobre o modo de viver e de pensar de uma sociedade.
Por volta de 1860 surge um aparelho de comunicação de grande importância também para os dias atuais, o telefone, que foi inventado pelo italiano Antonio Meucci, este o inventou com o objetivo de comunicar se com sua esposa doente que ficava no andar superior da casa em uma cama, no mesmo ano o italiano tornou pública sua invenção. No Brasil o telefone foi instalado no ano de 1883 no Rio de Janeiro.
Após o surgimento do jornal e do telefone o homem conseguiu evoluir ainda mais com a invenção do rádio, a primeira transmissão é datada de 1900, a partir deste momento marca se o inicio de uma forma de transmitir informações numa velocidade maior, pois as ondas do rádio tinham um alcance às pessoas muito superior ao do jornal, essa evolução marca o momento em que as informações passam a cruzar grandes distâncias geográficas, culturais e até mesmo cronológicas.
Outro passo importante na evolução dos meios de informação ocorreu em 1924, com o surgimento da televisão, o que tornou possível unir as técnicas do jornal, como imagens e figuras com a técnica do rádio, a fala, essa nova invenção possibilitou ver imagens em movimento juntamente com o áudio, tornando ainda mais atrativo as informações e notícias antes transmitidas por jornais e rádio, conquistando não só o público adulto, mas também as crianças, que agora associavam o som a imagem. A esse respeito o autor Sacristan afirma:
Desta maneira, os meios de comunicação de massa, e em especial a televisão, que nos penetra mais recônditos cantos da geografia, oferecem de modo atrativo e ao alcance da maioria dos cidadãos uma abundante bagagem de informações nos mais variados âmbitos da realidade. Os fragmentos aparentemente sem conexão e assépticos de informação variada, que a criança recebe por meio dos poderosos e atrativos meios de comunicação, vão criando, de modo sutil e imperceptível para ela, incipientes, mas arraigadas concepções ideológicas, que utiliza para explicar e interpretar a realidade cotidiana e para tomar decisões quanto a seu modo de intervir e reagir. (SACRISTAN 1996, p. 25)
O AVANÇO TECNOLOGICO E O ARMAZENAMENTO DAS INFORMAÇÕES
Após passarmos por toda essa evolução, chegamos então ao que chamamos de Era da Tecnologia e da Informação, pois é no ano de 1943 que inicia se a era do computador, a princípio era uma máquina gigantesca em que o seu principal papel era o de realizar cálculos.
Ainda na década de 1940 temos outra importante evolução tecnológica foi à invenção do telefone celular que ocorreu em 1947, embora no Brasil só tenha sido difundida no ano de 1990.
Com a evolução da tecnologia e desenvolvimento, ainda em 1971 o computador passa por uma importante transformação, na qual surge o primeiro micro computador, apartir desse momento, o homem não teve mais limites em sua evolução, e a cada dia busca inovar, atualmente além de computadores portáteis há também computadores de mão, ambos não tem mais somente a função de calcular, e sim inúmeras e variadas funções.
Junto à evolução dos computadores temos a internet, que nem sempre foi como conhecemos hoje, ela foi desenvolvida no ano de 1969, com o objetivo de auxiliar os militares durante o período da Guerra Fria na comunicação entre as bases militares dos Estados Unidos da América, com o fim da guerra o sistema de comunicação tornou se desnecessário aos militares que decidiram tornar acessível ao público à invenção.
As tecnologias da informação ou como conhecemos atualmente as novas tecnologias da informação e comunicação são o resultado da fusão de três vertentes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas. Elas criaram no meio educacional um encantamento em relação aos conceitos de espaço e distância, como as redes eletrônicas e o telefone celular, que nos proporcionam ter em nossas mãos o que antes estava a quilômetros de distância.
Pierre Lévy (1999), em sua obra Cibercultura, afirma que a rede de computadores é um universo que permite as pessoas conectadas construir e partilhar inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-ideológico, ou seja, a internet é um agente humanizador porque democratiza a informação e humanitário porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das minoria.
Ao contrário do que grande parte da sociedade pensa, os recursos tecnológicos não foram implantados nas escolas para facilitar o trabalho dos educadores, mas para que o educando aprendesse a partir da realidade do mundo e principalmente para que esse indivíduo consiga então agir sobre essa realidade, transformando-a e assim transformando a si próprio. Todo e qualquer conhecimento implica uma série de ações, e todo indivíduo deve agir sobre o objeto do conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo e até mesmo ressignificá-lo.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA
O principal mérito da obra é a sistematização dos diversos modelos de comunicação, através do avanço tecnológico e evolução ao longo das transformações sociais, econômicas e políticas sofridas na evolução do homem.
Escrita em estilo claro, e objetivo, a obra é científica na forma em que aborda os modelos, mas é de fácil leitura e compreensão.
Ao afirmar que o armazenamento do conhecimento se limitam em papeis e livros o material em epigrafe perde a consonância com o avanço tecnológico e evolução dos meios de comunicação como ferramenta constituía a estrutura da memória social.
A analise da obra e contexto histórico, social e tecnológico que levou à criação de diferentes meios de inovações na transmissão do conhecimento e comunicação. O autor não busca na presente obra, relacionar os modelos armazenamento das informações e de acordo com sua aplicação prática na atualidade, portanto não se deve procurar na obra resposta de referencial. Antes, a leitura trará compreensão sobre o pensamento dos teóricos da evolução da comunicação e tecnologia no decurso do tempo como também a transmissão do conhecimento, mostrando as tendências organizacionais ao longo das últimas décadas.
O autor aponta o papel da comunicação e a evolução tecnológica influindo no processo de transformação e a transmissão do conhecimento, onde comunicação e tecnologia é de suma importância para o desenvolvimento social e o conhecimento técnico são considerados essenciais ao sucesso.
A idéia percebida é de que, da mesma forma que a evolução da comunicação e tecnologia se agrega valores a sociedade, do mesmo modo o uso desses meios distanciam seres humanos um dos outros. Em redes Sociais são usadas como um instrumento de dominação e alienação, os novos modelos de informação e comunicação através do avanço da tecnologia são também formas utilizadas pelas classes dominantes para manter o poder através da alienação e da justificação da autoridade através do conhecimento técnico e científico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, Maribel Chagas de. Internetês: uma anamnese da história da escrita. Dissertação de mestrado UFMT, 2008.
FREIRE. Educação e Mudança. 25 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
KALINKE, Marco Aurélio. Para não ser um Professor do Século Passado. Curitiba:
Gráfica Expoente, 1999.
EITE, Denise. Conhecimento social na sala de aula universitária e a autoformação docente. In: MOROSINI, Marília Costa (Org.). Professor do Ensino Superior: identidade, docência e formação. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais, 2000.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
PRETTO, Nelson de Luca (org.). Globalização & Organização: mercado de trabalho, tecnologias de comunicação, educação a distancia e sociedade planetária. Ijuí: Ed. Unijuí, 1999.
SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o Ensino. Porto Alegre: Artmed, 1996.
VALENTE, J. A. Aprendendo para a Vida: o uso da informática na educação especial. In: FREIRE, Fernanda Maria Pereira; VALENTE, José Armando. (Orgs.). Aprendendo para a vida: os computadores na sala de aula. São Paulo: Cortez, 2001.
XAVIER, Antonio C. S. O Hipertexto na Sociedade da Informação: a constituição do modo de enunciação digital. Tese de doutorado Unicamp, 2005.