Jovem de Goiânia é sequestrado por fazendeiros por conta de dívida de R$ 800 mil
Segundo delegado, pai da vítima intermediou venda de gado que não foi paga por frigorífico. Rapaz ficou refém dos sequestradores por mais de 30h, em Barro Alto.
Por Murillo Velasco, G1 GO
Um jovem de 26 anos foi resgatado após ficar 30h refém em um cativeiro
em Barro Alto, na região norte de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, o
sequestro foi praticado por fazendeiros que queriam cobrar uma dívida
de mais de R$ 800 mil relativa à venda de gado feita a um frigorífico,
intermediada pelo pai dele.
Segundo o delegado Kleiton Manoel da Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (Deic), todos os envolvidos no sequestro já
foram identificados, e a polícia faz buscas para prendê-los. Em
entrevista à TV Anhanguera, ele conta que a negociação do resgate era
feita entre os criminosos e a família da vítima, e as informações eram
repassadas à corporação.
“Estes fazendeiros sequestraram o filho, para que o pai intermediasse,
junto ao frigorífico, a liberação de recursos para pagar a dívida de
mais de R$ 800 mil. As negociações foram muito intensas, os familiares
nos passavam os detalhes e eram orientados. Felizmente a vítima está
bem, e já se encontra no seio familiar”, contou o delegado.
O jovem foi seqüestrado por volta de 11h de segunda-feira (21), no
momento em que saía do escritório de contabilidade onde trabalha, no
Jardim Goiás, na região sul de Goiânia. Ele foi levado de carro o
cativeiro em Barro Alto. Segundo a Polícia Civil, os criminosos podem
ter percebido a presença de policiais na região e resolveram soltar a
vítima.
Ele foi liberado às 17h de terça-feira (22), às margens de uma rodovia
em Cocalzinho de Goiás. O delegado afirma que os fazendeiros contaram
com a ajuda de outras pessoas para cometer o sequestro.
“Participaram seis pessoas: dois fazendeiros, o filho de um deles, dois
cobradores que vieram do estado do Pará para ajudar, e outro morador da
região. Ainda não foram presos, mas já possuímos equipes na região para
capturá-los”, explicou.
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