O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás[1] . Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, onde o menor valor corresponde a um desvio, sem significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves[2] .
O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares[3] .
Índice [esconder]
1A natureza da fonte contaminadora
2Eventos
2.1A origem do acidente
2.2O desmonte do equipamento radiológico
2.3A exposição à radiação
3A demora na detecção
4A contaminação
5Vítimas fatais e seus níveis de radiação (Gy)
5.1Outras vítimas posteriores
6Lixo atômico
7Consequências
8Revitalização da região
9Repercussão do acidente
9.1Cinema
9.2Livros
9.3Música
9.4Televisão
9.5Artigos Acadêmicos - Perspectiva Antropológica
10Referências
11Ligações externas
A natureza da fonte contaminadora[editar | editar código-fonte]
A contaminação em Goiânia originou-se de uma cápsula que continha cloreto de césio - um sal obtido a partir doradioisótopo 137 do elemento químico césio. A cápsula radioativa era parte de um equipamento radioterapêutico que, dentro deste, encontrava-se revestida por uma caixa protetora de aço e chumbo. Essa caixa protetora possuía uma janela feita de irídio, que permitia a passagem da radiação para o exterior.
Esquema do cilindro que continha oCésio, composto por: A.) um detentor de fonte radioativa (geralmente chumbo), que retém a radiação excedente; B.) um anel de retenção; C.) a fonte do composto que continha o núcleo de Césio; E.), duas tampas de aço inoxidável; F.) um escudo interno (geralmente de uma liga de tungstênio), que impede a grande saída de radiação; G.) um cilindro de material radioativo, muitas vezes, mas nem sempre de cobalto-60 . No caso do incidente era Césio-137 . O diâmetro da "fonte" é cerca de 30 mm.
A caixa contendo a cápsula radioativa estava, por sua vez, posicionada num contentor giratório que dispunha de um colimador. Este servia para direcionar o feixe radioativo, bem como para controlar a sua intensidade.[4]
Não se pôde conhecer ao certo o número de série da fonte radioativa mas pensa-se que ela tenha sido produzida por volta de 1970 pelo Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos. O material radioativo dentro da cápsula totalizava 0,093 kg e a sua radioatividade era, à época do acidente, de 50,9 TBq (= 1375 Ci).[5]
O equipamento radioterápico em questão era do modelo Cesapam F-3000. Foi projetado nos anos 1950 pela empresa italiana Barazetti e Cia. e comercializado pela empresa italiana Generay SpA.
O objeto que continha a cápsula de césio foi recolhido pelo exército e encontra-se exposto como troféu no interior da Escola de Instrução Especializada, no Rio de Janeiro, em forma de agradecimento aos que participaram da limpeza da área contaminada.
Eventos[editar | editar código-fonte]
Centro de Cultura e Convenções, erguido sobre as ruínas do Instituto Goiano de Radioterapia.
Área que abrigava o ferro-velho da Rua 26-A.
A origem do acidente[editar | editar código-fonte]
O Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) era um instituto privado, localizado na Avenida Paranaíba, no Centro de Goiânia. O equipamento que gerou a contaminação na cidade entrou em funcionamento em 1971, tendo sido desativado em 1985, quando o IGR deixou de operar no endereço mencionado. Com a mudança de localização, o equipamento de teleterapia foi abandonado no interior das antigas instalações. A maior parte das edificações pertencentes à clínica foi demolida, mas algumas salas - inclusive aquela em que se localizava o aparelho - foram mantidas em ruínas.[6]
O desmonte do equipamento radiológico[editar | editar código-fonte]
Foi no ferro-velho de Devair Ferreira que a cápsula de césio foi aberta para o reaproveitamento do chumbo. O dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26 g decloreto de césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azulado quando em local desprovido de luz. Devair ficou encantado com o pó que emitia um brilho azul no escuro. Ele mostrou a descoberta para sua esposa Maria Gabriela, bem como o distribuiu para familiares e amigos. O irmão de Devair, Ivo Ferreira, levou um pouco de césio para sua filha, Leide Das Neves, que ingeriu as partículas do césio junto ao ovo cozido. Outro irmão de Devair também teve contato direto com a substância. Pelo fato de esse sal serhigroscópico, ou seja, absorver a umidade do ar, ele facilmente adere à roupa, pelee utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente. No dia 23 de outubro morreram Leide e Maria Gabriela[1] . Ele passou pelo tratamento de descontaminação no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, e morreu sete anos depois.[7]
A exposição à radiação[editar | editar código-fonte]
Tão logo expostas à presença do material radioativo, em algumas horas as pessoas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vômitos e diarreias. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente a drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais.
A demora na detecção[editar | editar código-fonte]
O que restou do terreno na Rua 57, onde a cápsula de Césio 137 começou a ser desmontada.
Os profissionais de saúde, vendo os sintomas, pensaram tratar-se de algum tipo de doença contagiosa desconhecida, medicando os doentes em conformidade com os sintomas descritos. Maria Gabriela desconfiou que aquele pó que emitia um brilho azul era o responsável pelos sintomas que ocorriam na sua família[7] . Ela e um empregado do ferro-velho levaram a cápsula de césio para a Vigilância Sanitária, que ainda permaneceu durante dois dias abandonada sobre uma cadeira. Durante a entrevista com médicos, a esposa do dono do ferro velho relatou para a junta médica que os vômitos e diarreia se iniciaram depois que seu marido desmontou aquele "aparelho estranho"[8] . Só então, no dia 29 de setembro de 1987, foi dado o alerta de contaminação por material radioativo de milhares de pessoas. Maria Gabriela foi um dos pacientes tratados no Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiroe foi uma das primeiras vitimas da contaminação.
O governo da época tentou minimizar o acidente escondendo dados da população, que foi submetida a uma "seleção" noEstádio Olímpico Pedro Ludovico; os governantes da época escondiam a tragédia da população, que aterrorizada procurava por auxílio, dizendo ser apenas um vazamento de gás.[9] Outra razão é que Goiânia sediava, na época, o GP Internacional de Motovelocidade no Autódromo Internacional Ayrton Senna e o Governador do Estado Henrique Santillonão queria que o pânico fosse instalado nos estrangeiros.[9]
A contaminação[editar | editar código-fonte]
Terreno onde estava edificado o Estádio Olímpico Pedro Ludovico
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) mandou examinar toda a população da região. No total 1000 pessoas foram expostas aos efeitos do césio, muitas com contaminação corporal externa revertida a tempo. Destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas e foram apenas medicadas[1] . Porém, 49 foram internadas, sendo que 21 precisaram sofrer tratamento intensivo; destas, quatro não resistiram e acabaram morrendo[4] .
Muitas casas foram esvaziadas, e limpadores a vácuo foram usados para remover a poeira antes das superfícies serem examinadas para detecção de radioatividade. Para uma melhor identificação, foi usada uma mistura de ácido e tintas azuis[8] . Telhados foram limpos a vácuo, mas duas casas tiveram seus telhados removidos. Objetos como brinquedos, fotografias e utensílios domésticos foram considerados material de rejeito. O que foi recolhido com a limpeza foi transferido para o Parque Estadual Telma Ortegal.[4]
Até hoje todos os contaminados ainda desenvolvem enfermidades relativas à contaminação radioativa, fato este muitas vezes não noticiado pela mídia brasileira.[10]
Após vinte e sete anos do desastre radioativo, as várias pessoas contaminadas pela radioatividade reclamam por não estarem recebendo os medicamentos, que, segundo leis instituídas, deveriam ser distribuídos pelo governo[9] . E muitas pessoas contaminadas ainda vivem nas redondezas da região do acidente, entre as Ruas 57, Avenida Paranaíba, Rua 74, Rua 80, Rua 70 e Avenida Goiás; essas pessoas não oferecem, contudo, mais nenhum risco de contaminação à população.[10]
Em uma casa em que o césio foi distribuído, a residente, esposa do comerciante vizinho à Devair, jogou o elemento radioativo no vaso sanitário e, em seguida, deu descarga. O imóvel ficou conhecido como "casa da fossa". Entretanto, aSaneago alegou que a casa não possuía fossa, sendo construída com cisterna, para a população não pensar que a água da cidade estaria hipoteticamente contaminada.[10]
Vítimas fatais e seus níveis de radiação (Gy)[editar | editar código-fonte]
Leide das Neves Ferreira, de 6 anos (6,0 Gy, 600 REM), era filha de Ivo Ferreira e foi a vítima com a maior dose de radiação do acidente[4] . Inicialmente, quando uma equipe internacional chegou a tratá-la, ela estava confinada a um quarto isolado no hospital porque os funcionários estavam com medo de chegar perto dela. Ela desenvolveu gradualmente inchaço na parte superior do corpo, perda de cabelo, danos nos rins, pulmões e hemorragia interna. Ela morreu em 23 de outubro de 1987 de septicemia e infecção generalizada no Hospital da Marinha Marcílio Dias, no Rio de Janeiro[11] . Ela foi enterrada em um cemitério comum em Goiânia, em um caixão especial de fibra de vidro revestida com chumbo para evitar a propagação da radiação. Apesar destas medidas, ainda houve um início de tumulto no cemitério, onde mais de 2.000 pessoas, temendo que seu cadáver envenenaria toda a área, tentou impedir seu enterro usando pedras e tijolos para bloquear a rua do cemitério[12] . Depois de dias de impasse, Leide foi enterrada em um caixão de chumbo lacrado, erguido por um guindaste, devido às altas taxas de radiação[1] e para que esta fosse contida[8] .
Maria Gabriela Ferreira, de 37 anos (5,7 Gy, 570 REM), esposa do proprietário do ferro-velho Devair Ferreira e ficou doente cerca de três dias depois de entrar em contato com a substância. Seu estado de saúde piorou e ela desenvolveu hemorragia interna, principalmente nos membros, olhos e do trato digestivo, além da perda de cabelo. Ela morreu em 23 de outubro de 1987, cerca de um mês após a exposição.
Israel Baptista dos Santos, de 22 anos (4,5 Gy, 450 REM), foi um empregado de Devair Ferreira que trabalhou na fonte radioativa principalmente para extrair o chumbo. Ele desenvolveu doença respiratória grave e complicações linfáticas. Acabou por ser internado no hospital e morreu seis dias depois, em 27 de outubro de 1987.
Admilson Alves de Souza, de 18 anos (5,3 Gy, 530 REM), também foi funcionário de Devair Ferreira, que trabalhou na fonte radioativa. Ele desenvolveu lesão pulmonar, hemorragia interna e danos ao coração. Morreu em 18 de outubro de 1987.
Outras vítimas posteriores[editar | editar código-fonte]
Devair Alves Ferreira, o dono do ferro-velho sobreviveu em primeira mão à exposição, apesar de ter recebido 7 Gy de radiação. Os efeitos corporais incluíram a perda de cabelo e problemas em diversos órgãos.[13] Sentindo-se culpado por abrir a cápsula, se tornou alcoólatra e contraiu câncer pela radiação, o que levou-o a morrer 7 anos depois, em 1994.[14]
Ivo Ferreira, pai da menina Leide das Neves Ferreira, teve baixa contaminação. Porém teve depressão pela morte da filha, o que levou-o a fumar em torno de seis maços de cigarro por dia e falecer por enfisema pulmonar em 2003, 16 anos depois.[14]
A Associação das Vítimas do Césio 137 afirma que até o ano de 2012, quando o acidente completou 25 anos, cerca de 104 pessoas morreram nos anos seguintes pela contaminação, decorrente de câncer e outros problemas, e cerca 1600 tenham sido afetadas diretamente.[15] Os resultados para as 46 pessoas com maior nível de contaminação estão mostrados no gráfico de barras abaixo. Várias pessoas sobreviveram, apesar das altas doses de radiação. Isto pode ter acontecido, em alguns casos, porque receberam doses fracionadas. Com o tempo, os mecanismos de reparo do corpo poderão reverter o dano celular causado pela radiação.
Gráfico de barras mostrando o resultado para as 46 pessoas mais contaminados e uma estimativa de dose. As pessoas são divididas em sete grupos de acordo com a dose.
Lixo atômico[editar | editar código-fonte]
A limpeza produziu 13.500 toneladas de lixo atômico, que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres que foram totalmente lacrados. Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos[7] . Para armazenar esse lixo atômico e atendendo às recomendações do IBAMA, da CNEN e da CEMAM , o Parque Estadual Telma Ortegal foi criado em Goiânia, hoje pertencente ao município de Abadia de Goiás, onde se encontra uma "montanha" artificial onde foram colocados a nível do solo, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo.[8]
Consequências[editar | editar código-fonte]
Após o acidente, os imóveis em volta do acidente radiológico tiveram os seus valores reduzidos, pois quem morava na região queria sair daquele lugar, mas o medo da população da existência de radiação no ar impedia a compra e construção de novas habitações[7] . Além da desvalorização dos imóveis, por muito tempo a população local passou por uma certa discriminação devido ao medo de passar a radiação para outras pessoas, dificultando o acesso aos serviços, educação e viagens. Muitas lojas e o comércio que existiam antes do acidente acabaram fechando ou mudando de endereço, sobrando alguns poucos comerciantes que ainda resistiam em continuar na região.[10]
Revitalização da região[editar | editar código-fonte]
Mercado Popular da Rua 57 após a reforma.
Somente no final dos anos 90, a região começou a passar uma imagem menos "assustadora" para os novos inquilinos, através de ações do governo municipal e estadual para a revitalização da região, revalorizando as casas que estavam nas mediações do acidente.
Em questão de poucos anos, o valor das casas da região central já era entre duas a três vezes maior do que na época do acidente. No início de 2006, a prefeitura municipal de Goiânia resolveu revitalizar o antigoMercado Popular, sendo reinaugurado em novembro de 2006 com a edição 2007 da Casa Cor Goiás, com a presença de autoridades municipais e estaduais. Em fevereiro de 2007, o Mercado Popular passou a ser um ponto turístico da cidade, por possuir uma feira gastronômica todas as sextas-feiras à noite, sempre acompanhada de música ao vivo.[9]
Aos poucos, a região atingida pelo acidente vem sendo valorizada, aumentando o interesse de grandes empreiteiras construírem prédios de luxo, onde antes eram apenas casebres abandonados.
Repercussão do acidente[editar | editar código-fonte]
O acidente foi descrito em vários documentários internacionais, além de filmes, programas de televisão, canções, artigos acadêmicos e livros.
Cinema[editar | editar código-fonte]
O acidente radioativo é mencionado no premiado curta-metragem Ilha das Flores, escrito e dirigido por Jorge Furtado.
Em 1990, Roberto Pires dirigiu o filme Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia, que faz uma dramatização do acidente.[16]
Livros[editar | editar código-fonte]
O livro "Além do véu da morte" de Thiago Lucarini tem um capítulo reservado ao incidente. Nele um homem acompanha a morte e assiste ao desastre.
O livro Blindfold Game de Dana Stabenow faz uma menção ao incidente.
O conto "Witch Baby" de Francesca Lia Block menciona o acidente; muitos dos personagens foram criados a partir de um artigo que a autora leu sobre o incidente.
O livro "Goiânia rua 57 o nuclear na terra do sol" de Fernando Gabeira faz uma analise do ocorrido.
O livro "A Menina que Comeu Césio", do jornalista Fernando Pinto, descreve os acontecimentos a partir de depoimentos e relatos colhidos in loco pelo autor.
O livro "De pernas pro ar- A escola do mundo ao avesso" de Eduardo Galeano também menciona o episódio.
O livro "Radiation Narratives and Illness: The politics of memory on the Goiânia Disaster", da antropóloga Telma Camargo da Silva analisa este evento crítico.
Música[editar | editar código-fonte]
Em 1988, o cantor e compositor italiano Angelo Branduardi lançou a canção "Miracolo a Goiania" no álbum Pane e Rose. Esta canção conta o diálogo que teria ocorrido entre as pessoas envolvidas no acidente.
Em 1992, o cantor e compositor panamense Rubén Blades lançou a canção "El Cilindro" no álbum Amor y Control. Esta canção conta uma história que teria ocorrido com um dos protagonistas do acidente.
Na música "O Bandido da Lupa Vermelha", Patrick Horla faz menção ao ocorrido.
Em 1995, a dupla uruguaia Larbanois-Carrero gravou a música "Goiania" no álbum "Identidades" falando do episódio.
Em 1988, foi formado em Goiânia a banda Horrores do Césio-137(HC 137). O som da banda caracterizava-se pela pegada Hardcore e Punk-rock com letras que tratavam dos efeitos da radioatividade.
Televisão[editar | editar código-fonte]
O episódio "Thine Own Self" de Star Trek, que foi ao ar em 14 de fevereiro de 1994, apresenta algumas similaridades ao acidente.
O episódio do dia 9 de agosto de 2007 do programa Linha Direta da Rede Globo teve como tema o acidente, que completava vinte anos.
O episódio "Daddy's Boy" da segunda temporada do seriado americano House, M.D. apresenta uma trama similar à do incidente, onde o pai de um menino é dono de um ferro-velho, e dá a ele uma espécie de chaveiro feito de chumbo que é radioativo, e causa uma série de problemas à saúde do garoto.
Um episódio do desenho animado The New Adventures of Captain Planet foi escrito fazendo um paralelo com o incidente. Nele, um grupo de crianças encontram uma fonte radioativa em um equipamento médico abandonado e, consequentemente, contaminam-se, embora os heróis intervenham antes que as mortes ocorram.
Artigos Acadêmicos - Perspectiva Antropológica[editar | editar código-fonte]
"Musealização de eventos críticos: análise da tensão entre múltiplas narrativas da dor". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Publicado em: Antropologia e Patrimônio Cultural: Trajetórias e Conceitos. Organizado por Izabela Tamaso e Manuel Ferreira Lima Filho.DF:ABA.2012. pp. 497 - 525.
"Eventos Críticos: sobreviventes, narrativas, testemunhos e silêncios". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva.27ª RBA. 2010.Disponível em: <http://www.iconecv.com.br/27rba>.
"Colecionando cartões postais: os lugares constituídos em contexto de isolamento". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Visualidades. Goiânia. (UFG).V.7,2009. pp.212 - 233.
"As celebrações, a memória traumática e os rituais de aniversário". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva.Revista UFG.V. IX, 2007. pp. 12 -18.
"As fronteiras das lembranças: memória corporificada, construção de identidades e purificação
simbólica no caso de desastre radioativo". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Vivência. Natal: UFRN ,Vol.28, 2005. pp.57-73.
"Desastre como processo: Saberes, vulnerabilidade e sofrimento social no caso de Goiânia". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Publicado em Tecnologias do Corpo: Uma antropologia das medicinas no Brasil.Organizado por Annete Leibing. Rio de Janeiro: NAU, 2004. pp. 201 -225.
"Os cientistas sociais no cenário político das sessões especiais do parlamento: A documentação de um caso". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Publicado em:Políticas Públicas e Cidadania.. Organizado por Francisco Rabelo e Genilda Bernardes.Goiânia: Canone.2004. pp. 13-27.
"Bodily Memory and the Politics of Remembrance: The aftermath of Goiânia Radiological Disaster". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. High Plains Applied Anthropology. Vol.21, 2001. pp 40-52
"Soldado é superior ao tempo: Da ordem militar à experiência do corpo como locus de resistência". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Horizontes Antropológicos.Porto Alegre: UFRGS. Nº 9. 1998. pp. 119-143.
"Política da Memória: Recompondo as lembranças no caso do desastre radiológico de Goiânia". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Publicado em Memória. Goiânia: Editora da Universidade Católica de Goiás.1998. pp. 117-138.
"Corpos em perigo: uma análise sobre percepção de risco em caso de desastre radiológico". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Caxambu. XXII Anpocs. 1998. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar//libros/anpocs/camargo.rtf>
" Biomedical discourses and health care experiences: The Goiânia Radiological Disaster". Artigo da antropóloga Telma Camargo da Silva. Publicado em The Medical Anthropologies in Brazil. Berlim: VWB, 1997. pp.67-79.
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