Casa destruída por avião começa a ser reconstruída em Luziânia, GO
Idosos donos do imóvel estão na casa de parentes deste janeiro deste ano.
Reforma deve ser concluída dentro de cinco meses; acidente matou casal.
Do G1 GO
Pouco mais de quatro meses após a queda de um monomotor que destruiu uma casa em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, o imóvel começou a ser reconstruído. Na terça-feira (26), operários iniciaram a retirada dos entulhos para que as paredes sejam refeitas. Os donos da aeronave e da residência entraram em um acordo e a previsão é que os trabalhos sejam concluídos dentro de cinco meses. O acidente deixou dois mortos.
A queda do monomotor aconteceu no último dia 10 de janeiro. Câmeras de segurança de um supermercado registraram o exato momento em que o avião caiu. Ele havia decolado do aeroclube de Luziânia para um voo panorâmico e sofreu a queda menos de 1 km depois.
O piloto da aeronave, João Henrique Baeta, de 40 anos, e da namorada dele, a nutricionista Maysa Paula dos Santos, de 33, morreram. Outros dois passageiros ficaram feridos.
A casa atingida ficou totalmente destruída. Os moradores do imóvel, a aposentada Cornelita Meireles, de 70 anos, e o marido, Octávio Barbosa Silveira, de 72, saíram do local minutos antes e escaparam ilesos do acidente.
Desde a queda da aeronave, o casal de idosos teve que se mudar para a casa de parentes, onde seguem atualmente. Na época do acidente,a idosa lamentou o dano material e cobrou uma reparação. “Uma casa boa está agora desse jeito, né. Foi onde vivi muitos anos, queremos voltar para cá”, disse.
Depois de uma negociação com o proprietário da aeronave, Avelino Macedo Ottoni de Carvalho, o advogado que representa os idosos, Fabrício Carvalho, disse que o seguro do monomotor cobriu os valores para a reconstrução.
Idosos escaparam, mas tiveram a casa
destruída (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Investigação
No último dia 12, o delegado responsável pelas investigações do acidente, Fabiano Medeiros, disse que o inquérito ainda não foi concluído por falta de um laudo do Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
“Esse documento ainda deve demorar a ser expedido, pois a informação que tive foi a de que o motor da aeronave será enviado para os Estados Unidos para análise. Só depois disso teremos alguma resposta. Até lá, o inquérito permanece em aberto”, afirmou.
O G1 tentou novo contato com o delegado na manhã desta quarta-feira (27), mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
Já o Cenipa informou que as investigações continuam em andamento e ainda não há uma previsão de conclusão do laudo.
Vítimas
Piloto da aeronave, João Henrique Baeta morreu no momento do acidente. De acordo com o pai da vítima, o médico Eduardo Henrique Baeta, o filho tinha o costume de pilotar aviões há mais de dez anos e, apesar de no momento pilotar uma aeronave de propriedade de um amigo, era familiarizado com o monomotor.
Maysa e João Henrique morerram em queda
de avião (Foto: Arquivo Pessoal)
“Não era nenhuma novidade para ele, sempre usava essa aeronave. Foi uma surpresa, acho que a ficha ainda não caiu”, lamentou, na época.
Namorada do piloto, a nutricionista e professora Maysa Paula dos Santos chegou a ser socorrida, mas morreu antes de dar entrada no hospital. Segundo uma tia de Maysa, essa não era a primeira vez que a vítima voava com o namorado.
“É um sentimento de muita tristeza. Eles sempre voavam juntos, era normal”, afirmou, na época, Lina Paula Ferreira.
Os outros dois feridos eram dois homens, que estavam na aeronave. Na época eles foram socorridos e hospitalizados. Ambos receberam alta médica dias depois.
Avião caiu sobre casa, que ficou destruída, em Luziânia (Foto: Fayda Chiarella/TV Anhanguera)
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