Condenado por receptação rapaz que foi investigado por morte de mulheres
Homem disse à juíza que desmontou moto após boatos de que era assassino.
Suspeito teria assaltado comércio um dia antes de morte de jovem, diz polícia.
O lavador de carros de 27 anos, que foi investigado por envolvimento na série de mortes de mulheres, neste ano, emGoiânia, foi condenado nesta segunda-feira (22) por receptação. Ele foi preso em flagrante no último mês de agosto na cidade de São Luís de Montes Belos, a 120 km da capital. Na casa de parentes do rapaz foi encontrada uma moto roubada desmanchada, que segundo a Polícia Militar, era semelhante a utilizada nos crimes contra as jovens. Ele foi sentenciado a dois anos e seis meses de prisão.
Quando foi detido, o homem foi apontado como suspeito de roubar uma panificadora próxima ao ponto de ônibus onde a estudante Ana Lídia Gomes, de 14 anos, foi morta, no dia 2 de agosto, no Conjunto Morada Nova, em Goiânia. Ela foi a vítima mais recentes da série de assassinatos contra mulheres investigados pela Polícia Civil. Entretanto, após analisar o caso, a corporação descartou o envolvimento do lavador de carros com qualquer um dos homicídios contra mulheres.
Segundo a juíza Placidina Pires, o homem confessou que a moto roubada era sua e ele estava tentando se desfazer do veículo após os boatos de que ele seria o "serial killer". “Ele disse durante o interrogatório que pretendia dar sumiço nas peças da moto porque ouviu no noticiário que ele era um dos suspeitos. Por isso ele queria escondê-las, para que não fosse vinculado às mortes”, disse.
Após a condenação, a Justiça vai recomendar à Secretaria de Estado da Segurança Pública e Justiça (SSPJ-GO) que ouça novamente o criminoso sobre o roubo à panificadora e sobre a série de assassinato contra mulheres. “Acho que esse fato deve ser comunicado aos delegados que estão investigando as mortes das mulheres para que eles tomem conhecimento e possam novamente conversar com ele para saber por que ele tinha esse receio”, disse Pires.
Prisão
De acordo com o superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido, o criminoso fugiu de Goiânia, onde mora, após boatos de que seria um assassino em série. "Ele foi preso exatamente pelos roubos ao comércio aqui na capital. Ele participou de vários assaltos a panificadoras, açougues,pet shops . Nada vinculado aos homicídios”, disse.
De acordo com o superintendente da Polícia Judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido, o criminoso fugiu de Goiânia, onde mora, após boatos de que seria um assassino em série. "Ele foi preso exatamente pelos roubos ao comércio aqui na capital. Ele participou de vários assaltos a panificadoras, açougues,
Aos agentes, o suspeito confirmou que praticava roubos e assaltos, mas negou envolvimento nos homicídios praticados contra mulheres. Ele foi a segunda pessoa presa desde a criação de uma força-tarefa criada pela polícia para investigar os assassinatos de mulheres em circunstâncias semelhantes.
Força-tarefa
A força-tarefa da Polícia Civil investigava 18 casos ocorridos neste ano em Goiânia, mas em coletiva realizada na sexta-feira (8) o delegado descartou um dos crimes, que era uma tentativa de homicídio contra uma mulher. Entre os casos que continuam sendo apurados estão as mortes de 15 mulheres, a de um homem e uma tentativa de homicídio de uma vítima do sexo feminino.
A força-tarefa da Polícia Civil investigava 18 casos ocorridos neste ano em Goiânia, mas em coletiva realizada na sexta-feira (8) o delegado descartou um dos crimes, que era uma tentativa de homicídio contra uma mulher. Entre os casos que continuam sendo apurados estão as mortes de 15 mulheres, a de um homem e uma tentativa de homicídio de uma vítima do sexo feminino.
"Sentamos junto com a investigação e concluímos que essa tentativa sequer aconteceu. Isso fez a polícia perder muito tempo e dinheiro em busca de um fato falso, prejudicando de sobremaneira nossa apuração. Agora, trabalhamos com 17 casos", destacou.
Participam do grupo de investigação 16 delegados, sendo os nove da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três que atuam em outras delegacias e mais três do interior do estado. Além deles, 30 agentes e dez escrivães também integram o grupo.
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