Major Araújo quer levar comissão de deputados para visitar militares presos.
Durante discurso na sessão plenária desta quarta-feira, 23, o deputado Major Araújo (PRB) propôs a formação de uma comissão de deputados que irá visitar os policias militares que foram levados para presídio do Mato Grosso por conta da Operação Sexto Mandamento. O grupo irá conferir se procedem as denúncias de que os PMs estariam sendo submetidos a maus tratos.
Em entrevista à Agência de Notícias da Assembleia, Major Araújo disse que seu pedido foi acatado pela Mesa e adiantou que a comitiva de deputados será formada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Mauro Rubem (PT), além de José de Lima (PDT), José Vitti (PRTB), Cristóvão Tormin (PTB) e por ele próprio.
O deputado diz ter recebido a notícia de que os policiais estariam dormindo no chão, em celas individuais, além de estarem privados de atendimento médico, remédios e materiais de higiene, como escovas de dente e sabonete. “Eles estão numa quarentena de isolamento. Mesmo quando gritam ninguém aparece”, frisa.
Segundo ainda o parlamentar, haveria casos mais graves, como o de um preso que está se locomovendo em cadeira de rodas devido a problemas na coluna e de outros que têm problemas de pressão e não têm acesso a medicamentos para controlar o problema. As denúncias teriam partido de familiares dos PMs e de um policial que teria sido levado para o presídio por engano e que permaneceu lá por dois dias.
Major Araújo não poupa críticas ao Ministério Público, que, na sua opinião, poderia pedir, de ofício, a revogação das prisões. “Eles (os promotores) são sempre omissos na hora de defender os policiais. Só não são omissos na hora de prendê-los. Para se ter uma ideia, são 40 promotores envolvidos nessa operação. Queremos apenas que cumpram a lei”, salienta.
Proibição
O parlamentar também apresentou, ainda durante a sessão ordinária, um projeto que proíbe o uso de armas letais por policiais que estejam atuando em serviços operacionais. Major Araújo explica que seria uma forma de diminuir os índices de ocorrências de mortes nas ações praticadas pelos encarregados de manter a segurança da população.
Lembra ainda que os policiais contam com várias outras alternativas para combater o crime, sem colocar a vida de ninguém em risco, como as balas de borracha, os aparelhos de choque e os cacetetes.
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