Após ser revistado por PM, Padre Robson desabafa em rede social
(Foto: Divulgação)
O Padre e Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno de Trindade, Robson de Oliveira, usou seu perfil oficial no Facebook para expressar toda sua indignação por uma situação constrangedora na noite desta quinta-feira (25/7), em São Paulo.
Segundo padre Robson, quando estava indo do Rio de Janeiro, onde foi participar da Jornada Mundia da Juventude, até Guarulhos em São Paulo, policiais militares abordaram o carro em que ele estava, e sem pedir nenhum documento revistaram todas as pessoas que estavam no veículo.
De acordo com o religioso, ele estava vestido como padre, mas mesmo assim mandaram que eles colocassem as mãos na parede. "Fizeram toda aquela revista indecente em nós. Me senti muito mal e invadido com aquilo, confesso que fiquei com lágrimas nos olhos", declarou.
Leia abaixo o relato na íntegra:
"Desculpas devidas aos policiais que não são assim.... Mas hoje me deparei com uma situação constrangedora. Deixei o Rio na JMJ e fui até Guarulhos, SP, para levar o Master do volume 8 do meu CD Orante que envio de presente aos membros da AFIPE. Saindo da empresa de reprodução do CD, fomos parados por uma viatura da PM de São Paulo.
Apontaram suas armas para o veículo e mandaram que saíssemos com as mãos erguidas. Eu estava vestido como padre. O motorista disse que eu era sacerdote. Sem pedir documento algum nos mandaram colocar as mãos na parede, no meio da rua, e fizeram toda aquela revista indecente em nós. Me senti muito mal e invadido com aquilo... confesso que fiquei com lágrimas nos olhos.
Só depois é que pediram nossos documentos. Nem quiseram conferir meus documentos sacerdotais. daí revistaram nosso veículo. Com armas apontadas, mandaram abrir o porta malas. Fui obrigado a abrir a caixa de presente onde estava a imagem do Divino Pai Eterno que pretendo entregar ao Santo Padre num almoço reservado amanhã. Meu constrangimento foi tão grande que não disse uma palavra e, justamente por ter ficado em absoluto silêncio, acabei deixando-os ainda mais irritados.
Na verdade, além de estar constrangido por ser abordado e revistado como se fosse um bandido no meio de uma rua pública, fiquei ali pensando no despreparo destes policiais e de tantos outros representados por eles. Será que qdo fui anunciado como padre, não bastaria pedir nossos documentos? Era necessário nos humilhar nos tocando como fizeram? Precisariam ficar apontando armas para nós o tempo todo? Havia necessidade de ficarem me provocando pessoalmente por causa do meu silêncio? Num momento pensei que iriam quebrar a imagem com o argumento de que pudesse haver ali algo ilícito.
Nos deixaram plantados ali por mais de 20 minutos enquanto monitoravam nossas identidades pessoais. Se a minha indignação é falta de resignação e humildade, peço perdão a Deus e a vocês, mas não pude deixar de partilhar esse fato. Vou rezar por eles agora, já que não consigo dormir."