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sábado, 30 de janeiro de 2016

General brasileiro diz que clima é de tensão no Haiti: 'Tudo pode acontecer' Eleição presidencial foi suspensa após denúncias e protestos tomam o país. Instabilidade política impacta decisão da ONU de sair do país em 2016.

General brasileiro diz que clima é de tensão no Haiti: 'Tudo pode acontecer'

Eleição presidencial foi suspensa após denúncias e protestos tomam o país.
Instabilidade política impacta decisão da ONU de sair do país em 2016.

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo
Protestos violentos no Haiti provocam o adiamento do segundo turno das eleições presidenciais e preocupam a ONU (Foto: Martinez Casares/Reuters)Após o adiamento do segundo turno das eleições presidenciais, protestos violentos irrompem no Haiti e preocupam a ONU (Foto: Martinez Casares/Reuters)
General Ajax brinca com criança haitiana (Foto: Minustah)General Ajax brinca com criança haitiana
(Foto: Minustah)
O general brasileiro Ajax Porto Pinheiro, que comanda as tropas da ONU na missão de paz no Haiti, diz que a situação é incerta no país.
Na última semana, o segundo turno das eleições presidenciais foi suspenso após denúncias de fraude, e uma onda de protestos violentos a favor e contra o governo tomou as ruas de várias cidades.
O Conselho Eleitoral suspendeu as eleições alegando razões de segurança. Com a indefinição, um governo provisório deve assumir em 7 de fevereiro, quando termina o mandato do atual presidente, Michel Martellyx.
Na última semana, no entanto, o presidente da Comissão Eleitoral e outros quatro de seus nove membros renunciaram, o que torna incerto como será a continuidade do processo eleitoral. Há o risco de haver um vácuo de poder a partir do fim do mandato de Martellyx.
Em entrevista ao G1, o oficial diz que espera que os políticos cheguem logo a um acordo, "para que o país possa dar o próximo passo".

Pinheiro afirma não ver relação direta entre as causas da instabilidade política e a previsão da ONU de encerrar em 2016 a Missão para Estabilização do Haiti (Minustah). Apesar disso, afirma ele, a situação de segurança do país influenciará a decisão do Conselho de Segurança – que será tomada em outubro – de manter ou não a operação internacional.
A ONU planejava retirar, a partir de 15 de outubro, os últimos 2.370 militares que possui na Minustah. A missão foi criada em 2004, após uma onda de violência e manifestações levar à deposição do presidente Jean Bertrand Aristide. Desde então, o Brasil possui o maior número de soldados e comanda militarmente a missão.

"Se me perguntassem há um mês se eu acreditava que a Minustah sairia em outubro (de 2016) e as eleições transcorreriam normais, eu diria que sim, que acreditava que era outubro, porque tudo estava caminhando bem. Com este impasse, a situação é bem incerta e nem me arrisco a prever um futuro desenlace da missão agora”, diz Pinheiro. “Tudo pode acontecer.”
“A situação hoje é de distensão, com muito atrito político. Não há consenso (entre governistas e opositores). Como tem um clima de atrito, leva a uma tensão na segurança. Os protestos são rotina: bloqueiam as ruas, queimam pneus, atiram pedras”, afirma o general Ajax Pinheiro.

Se me perguntassem há um mês se eu acreditava que a Minustah sairia em outubro (de 2016) e as eleições transcorreriam normais, eu diria que sim, que acreditava que era outubro, porque tudo estava caminhando bem"
General Ajax Porto Pinheiro,
Comandante militar da ONU no Haiti
O Conselho Eleitoral  alegou falta de segurança para suspender as eleições em 22 de janeiro, após o candidato da oposição, Jude Célestin, exigir a investigação de suspeitas de fraudes no primeiro turno, realizado em outubro de 2015, e recusar-se a participar da continuidade do pleito.
“Este é o momento para todos voltarem à mesa de negociação e acreditamos que haverá em breve acordo. E quanto mais rápido isso se definir, melhor para o futuro do país. Uma situação política instável não é boa para ninguém. Vamos nos preparar para a próxima fase, que não sabemos qual vai ser e nem quando vai ser. Acreditamos que eles chegarão a um acordo”, diz o general Ajax Pinheiro.
General Ajax Porto Pinheiro comanda as tropas internacionais da ONU no Haiti e tem a missão de apoiar a segurança no país (Foto: Rug Wiza/Minustah)General Ajax Porto Pinheiro comanda as tropas internacionais da ONU no Haiti e tem a missão de apoiar a segurança no país (Foto: Rug Wiza/Minustah)

Adiamento das eleições
Para o oficial, havia condições das eleições terem sido realizadas conforme o planejado - o segundo turno presidencial estava marcado para 24 de janeiro.

“Sim, tinha situação (de segurança). Até o dia 22, era nossa avaliação integrada com a polícia local, e estávamos prontos para realizar (o pleito). Não posso dizer que no futuro não ia se deteriorar, não tinha como saber, mas até então [a situação] estava até menos agressiva do que na véspera dos outros dois turnos eleitorais que tivemos em 2015 (eleições legislativas e primeiro turno presidencial). Da nossa parte, estávamos prontos”, defende.

"O adiamento ocorreu mais porque não havia consenso político, não foi a questão da permanência da ONU. Não tem este link, eu não vejo isso hoje. A questão é política. E, da demanda deles, saem consequências, até para a segurança. Se eles fizerem um acordo, fizerem as eleições, voltamos à normalidade e saímos em outubro", afirma.
22/01 - Manifestantes marcham durante um protesto contra as eleições presidenciais em Porto Príncipe, no Haiti.  A autoridade eleitoral do país adiou o segundo turno das eleições que aconteceria neste domingo (24) após protestos e acusações de fraude (Foto: Hector Retamal/AFP)Manifestantes marcham em protesto sob suspeita
de fraude eleitoral no Haiti
(Foto: Hector Retamal/AFP)
Fim da missão de paz
Uma comitiva de inspetores da ONU irá a Porto Príncipe, a capital haitiana, em março, fazer um relatório estratégico com elementos políticos e de segurança para embasar a decisão que o Conselho de Segurança tomará em outubro sobre o término ou continuidade da Minustah.

Segundo o general, o efetivo atual da força é o mínimo necessário para manter a ordem no país. Se houver redução deste contingente da ONU em outubro, a operação internacional terá que mudar seu caráter, pois não terá mais condições de controlar áreas críticas. A ideia estudada pelas Nações Unidas era que, com a saída das tropas, a missão passasse a ser de apoio institucional ao governo.
Polícia haitiana caminha em meio ao protesto em Porto Príncipe neste domingo (24) (Foto: Hector Retamal/AFP)Polícia haitiana caminha em meio ao protesto
em Porto Príncipe dia 24 de janeiro
(Foto: Hector Retamal/AFP)
O general Ajax Pinheiro pretendia ser o último a sair. Apesar de dizer que não há mais definição, ele diz esperar que o programado se mantenha.

“Eu acredito [no encerramento da missão neste ano]. Para nós seria um fator de compromisso de sucesso. A comunidade internacional diria que cumprimos bem nossa missão de garantir um ambiente seguro e estável e podemos partir", diz o general.

“Se nada mudar e tivermos condições de segurança, podemos sim mudar o perfil da missão, mas depende do Conselho de Segurança. A tendência da ONU é reduzir custos de efetivo em missões que deram certo e investir em outras mais críticas e pesadas. Mas, como será o futuro da missão, nem a ONU decidiu”, acrescenta.
FONTE G1

LADRÃO FOLGADO ALÉM ROUBAR E AGREDIR PEDE PARA A VITIMA EMBRULHAR O PRODUTO DO ROUBO***

Ladrão agride comerciante e pede para embrulhar item roubado; vídeo

Criminoso também levou dinheiro e fugiu com comparsa em motocicleta.
Dono já pensa em fechar mercearia devido à insegurança, em Rio Verde.

Do G1 GO
Câmeras de segurança registraram o assalto, na tarde de quinta-feira (28), a um mercado em Rio Verde, no sudoeste goiano. O ladrão agride o comerciante e ainda pede para o adolescente que está no caixa para colocar um chinelos roubados em uma sacola (veja vídeo acima).
As imagens mostram quando o criminoso, de capacete, chega ao mercado e agride o comerciante Edailton Moreira, que é empurrado para o chão. Armado, ele ameaça o proprietário do mercado e o adolescente que está no caixa, que é sobrinho do empresário.

Após o roubo, o assaltante foge na garupa de um motociclista que o esperava em frente ao mercado. A dupla não foi identificada.
O criminoso pega o dinheiro que estava no caixa e o que havia na carteira do comerciante. Ele sai do mercado e, segundos depois, retorna para roubar um par de chinelos cor de rosa. O ladrão ainda pede para o adolescente colocar o produto dentro de uma sacola.
O dono do comércio conta que já foi assaltado quatro vezes durante os dois anos que trabalha no local. Em uma das ocorrências, os criminosos também ameaçaram a mulher dele, Jacira Ferreira.
“Não é fácil ver o revólver apontado para sua cabeça. Você fica muito nervosa”, disse a mulher.
Por causa da violência, Edailton passou a atender aos clientes por meio de uma grade. No entanto, ele teve que tirar o equipamento porque as vendas caíram muito. Vítima de mais um assalto, o comerciante pensa até em fechar o comércio.
“Eu estava até pensando em fazer investimento, mas já estou até pensando em desistir, nem vou mais comprar o equipamento que eu queria, que era uma ilha para por frango e atender melhor os clientes. Já estou pensando em vender [o mercado] porque está muito difícil trabalhar aqui. A insegurança está demais”, reclama o comerciante.
A Polícia Militar informou que no momento do roubo havia quatro equipes no patrulhamento da região. No entanto, a corporação reconhece que nem sempre é possível atender de prontidão a um chamado porque há outro mais grave acontecendo simultaneamente.
Ladrão volta para roubar chinelo e ainda pede para embrulhar em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Ladrão volta para roubar chinelo e ainda pede para embrulhar (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)

Homem suspeito de matar namorado da filha em igreja se entrega à polícia

Homem suspeito de matar namorado da filha em igreja se entrega à polícia

Segundo delegado, ele confessou o crime, mas nega que ameaçava menor.
Adolescente de 17 anos foi morto a facadas em confraternização, em Anápolis.

Do G1 GO
O suspeito de matar o adolescente Lucas Marques, de 17 anos, que foi morto a facadas em uma igreja, se entregou na quinta-feira (28) à Polícia Civil, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo os investigadores, Valdeir Narciso Pereira, de 42 anos,  matou o namorado da filha por não aceitar o relacionamento.
O crime aconteceu no fim da manhã do último domingo (24). Conforme o delegado Renato Rodrigues de Oliveira, que registrou o crime, o homicídio aconteceu durante um almoço de confraternização na igreja. Depois que o autor e o adolescente tiveram uma discussão, o suspeito saiu, voltou com uma faca, cometeu o crime e fugiu em um carro.
Jovem de 17 anos foi morto a facadas dentro de igreja em Anápolis Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)Lucas foi morto a facadas dentro de igreja
(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Um mandado de prisão foi expedido contra Valdeir na segunda-feira (25). Ele se entregou na delegacia acompanhado de um advogado.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vander Coelho, ele confessou o crime em depoimento. No entanto, nega ter ameaçado o adolescente.
"Ele admite que realmente foi o autor das facadas, mas nega ter ameaçado o autor anteriormente. Ele informa que não admitia o namoro de fato, mas temos algumas informações de testemunhas que já foram juntadas ao inquérito policial que provam o contrário, que na verdade várias ameaças haviam sido feitas e no dia que o crime aconteceu ele teria novamente ameaçado antes de sair da igreja", disse o delegado
Após ser interrogado, Valdeir foi encaminhado ao presídio de Anápolis. De acordo com o delegado, o inquérito deve ser concluído em até dez dias.
Para os pais de Lucas, a prisão dele é um alívio. "Se ele ficar em regime fechado pra mim a justiça foi feita porque ele é um homem que não deve viver em sociedade", disse a mãe de Lucas, Divina Aparecida da Silva.
Adolescente é morto a facadas dentro de igreja em Anápolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Crime aconteceu durante confraternização em igreja de Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
fonte G1