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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Atuação da Força Nacional no DF é prorrogada por 180 dias Agentes começaram a atuar nas divisas em setembro do ano passado

Atuação da Força Nacional no DF é prorrogada por 180 dias

Agentes começaram a atuar nas divisas em setembro do ano passado
Do R7
Intenção é dar continuidade à Operação Divisa Segura, iniciada em setembro do ano passadoAlessandro Saturno
O Ministério da Justiça prorrogou a atuação da Força Nacional das divisas do Distrito Federal com o estado de Goiás por mais 180 dias. A intenção é dar continuidade à Operação Divisa Segura, iniciada em setembro do ano passado. Os policiais atuam com a abordagem de veículos suspeitos nas rodovias.  
Em janeiro deste ano, uma portaria do Ministério da havia prorrogado a presença dos agentes por mais  180 dias. A força Nacional iniciou sua atuação nas divisas do DF em setembro de 2012.  
O trabalho da Força é centrado no combate ao tráfico de drogas, roubo de carros e, principalmente, sequestros relâmpagos devem ser o foco das ações.   

A atuação da Força Nacional nas cidades limítrofes entre Goiás e o Distrito Federal inclui ações de polícia ostensiva (cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão; barreiras policiais em rodovias), de polícia judiciária (conclusão de inquéritos policiais anteriores ao ano de 2008), de perícia forense (exames de identificação criminal, por exemplo) e de bombeiros (ações do projeto social Força na Comunidade).  
Assista ao vídeo:

Policial militar morre em acidente de trânsito no Gama

Policial militar morre em acidente de trânsito no Gama

Ele pilotava uma moto quando bateu em um caminhão
Do R7, com TV Record
Sargento morreu no local antes do socorro chegarReprodução TV Record
O primeiro sargento da Polícia Militar Nilton Pereira do Nascimento, de 43 anos, morreu nesta segunda-feira (16) após se envolver em um acidente de trânsito no Gama, região administrativa do DF. Ele pilotava uma moto quando acabou batendo em um caminhão.  

O policial morreu na hora. A perícia esteve no local e o laudo com as causas do acidente deve sair em 30 dias. O policial era primeiro sargento e estava lotado no Regimento de Polícia Montada.  
Assista ao vídeo:

Policial Militar é flagrado soltando bombinha em posto de gasolina do DF

Policial Militar é flagrado soltando bombinha em posto de gasolina do DF

Um motorista filmou toda a ação que poderia ter causado acidente
Do R7, com TV Record Brasília
Vídeo flagra momento exato em que policial atira a bombinhaReprodução / TV Record Brasília
Imagens registradas por um motorista em um posto de combustíveis no plano piloto mostram momentos de perigo.   
A gravação mostra um policial militar que desrespeita a placa de proibido fumar e está com um cigarro na mão. Na seqüência, ele acende uma bombinha com o isqueiro. Joga na pista ao lado e apenas observa. Segundos depois, a explosão. Um carro passa bem na hora.   
O posto de combustíveis fica perto da Secretaria de Segurança Pública, do Corpo de Bombeiros e do Detran.  


Geisiele Ferreira viu quando o policial começou a brincadeira. Ela afirma que, além de fardado, ele também estava no carro da corporação e que soltou varias bombinhas.  
Para a mulher, o ato foi uma irresponsabilidade que colocou em risco não só a vida de quem estava no posto, mas dos motoristas que passavam pela pista.

Assista ao vídeo:


Com defeito, pistolas da Polícia Militar do DF atiram como se fossem metralhadoras Vídeo mostra armas defeituosas durante treinamento de policiais da Rotam

Com defeito, pistolas da Polícia Militar do DF atiram como se fossem metralhadoras

Vídeo mostra armas defeituosas durante treinamento de policiais da Rotam

Do R7
Pistolas semiautomáticas, que deveriam fazer apenas um disparo por vez, dispararam vários tiros em sequênciaReprodução/TV Record Brasília
Um vídeo feito durante um treinamento de agentes da Rotam do Distrito Federal mostra armas com defeitos. Pistolas semiautomáticas, que deveriam dar apenas um disparo por vez,  dispararam vários tiros em sequência. O problema foi verificado durante um curso de tiros.  
Nas imagens, uma arma, ao ter o gatilho apertado, dispara quatro tiros em sequência. Em outra imagem, uma pistola, também com defeito, atira como se fosse uma metralhadora, lançando várias balas em sequência, com apenas uma apertada de gatilho.  
Segundo o chefe de manutenção da Polícia Militar do DF, o tenente-coronel Renato Costa, o problema é grave representa riscos tanto para o policial quanto para a população.  
Em todo o DF, 14.500 pistolas semiautomáticas, como estas que apresentaram defeito, são usadas por policiais do DF. Neste ano, três delas apresentaram defeito e, no ano passado, foram cinco os casos de armas do tipo dom defeito. Outras 100 armas de modelos diferentes apresentaram algum tipo de defeito desde o início de 2013 no DF.   
Segundo a polícia, uma perícia técnica vai ser feita nas pistolas com defeito para verificar qual é o problema da arma. Uma das explicações para a falha é que pode ter ocorrido defeito de fabricação  
Assista ao vídeo:

Tribunal retoma julgamento que ameaça mandar para o arquivo todas as denúncias contra os governadores por questão técnica. Entre os que têm processo no TSE, estão Cabral, Roseana, Cid e Anastasia

Onze governadores estão pendurados no TSE

Tribunal retoma julgamento que ameaça mandar para o arquivo todas as denúncias contra os governadores por questão técnica. Entre os que têm processo no TSE, estão Cabral, Roseana, Cid e Anastasia

Carlos Humberto/TSE
Dias Toffoli considera inconstitucional recurso utilizado para contestar mandato de políticos
A um ano das próximas eleições, 11 governadores estão com seus mandatos pendurados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E não há prazo para julgamento desses casos, o que aumenta as chances de eventuais cassações perderem o efeito no tempo. Entre os governadores à espera de decisão no TSE, estão Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, Antônio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais, Cid Gomes (PSB), do Ceará, e Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão (lista completa).  Mas todos esses processos, que envolvem suspeitas de compra de votos, corrupção e abuso do poder econômico durante as eleições, correm o risco de serem arquivados de uma só vez por uma questão de natureza técnica. Está na pauta do TSE, nesta terça-feira (17), a retomada de um julgamento que pode tornar sem efeito os chamados Recursos contra a Expedição de Diploma (RECD), utilizados pelo Ministério Público Eleitoral e por adversários políticos para contestar o mandato dos governadores.
Caso os ministros decidam que esse tipo de recurso não tem poder de retirar mandato eletivo, os processos contra os 11 governadores podem ir diretamente para o arquivo, segundo advogados ouvidos pelo Congresso em Foco.
No final de agosto, o ministro Dias Toffoli votou pelo arquivamento da denúncia contra o deputado Assis Carvalho (PT-PI), acusado de comprar votos em sua eleição para a Câmara, em 2010. Relator da ação contra Assis, Toffoli disse que a Constituição não permite usar os dos recursos contra a expedição de diploma (RCED) para pedir a cassação do mandato de um político. De acordo com o ministro, o único instrumento adequado, nesses casos, é uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime).
O julgamento, previsto para ser retomado hoje, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Castro Meira. Na ocasião, a ministra Laurita Vaz discordou de Toffoli. Para ela, tanto os recursos contra expedição de diploma quanto as ações de impugnação de mandato podem, sim, ser utilizadas para eventualmente cassarem um mandato. “A matéria não é nova e, desde há muito, restou definido que [a Aime] não representou a extinção do Recurso Contra Expedição de Diploma”, disse Laurita. Os demais ministros ainda não se manifestaram sobre o assunto.
Se o tribunal decidir pela inadequação dos recursos contra expedição de diploma, as denúncias contra os governadores devem perder o efeito. Não se sabe ao certo se isso aconteceria de forma automática ou seria necessário um novo julgamento. Mas a avaliação é que, naturalmente, o TSE iria optar por julgar causas técnicas e repetidas de uma só vez. “É um impressionante casuísmo. É pra salvar esses onze governadores”, critica Neudo Campos (PP), ex-governador de Roraima que tenta assumir o governo cassando o atual governador do estado.
Único julgamento
Há dois anos, o tribunal tinha 12 casos de governadores para serem julgados. De lá para cá, julgou um único processo. Absolveu a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), das acusações de abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social e gastos irregulares nas eleições de 2010. A denúncia foi feita pelos adversários na disputa. Desde então, o TSE não julgou nenhum outro governador.
A falta de decisão tira a esperança de políticos adversários, que querem assumir os governos caso sejam comprovadas as denúncias. Em Roraima, por exemplo, o governador Anchieta Júnior (PSDB) é acusado pelo ex-governador Neudo Campos, segundo colocado na disputa pelo governo, de usar os meios de comunicação indevidamente e cometer abuso de poder político e econômico. O Tribunal Regional Eleitoral chegou a cassar o mandato de Anchieta, mas uma liminar do ministro do TSE Arnaldo Versiani suspendeu a decisão.
Neudo venceu o primeiro turno das eleições, mas perdeu para Anchieta no segundo, por uma diferença de 1.759 votos. “O governador vem se dando bem. São dois anos e nove meses sem julgamento. O crime compensou”, disse ele à reportagem na manhã desta terça-feira. Anchieta nega as acusações contra si. Duas ou três vezes por mês, o ex-governador vem a Brasília na esperança de ver o caso julgado. O processo já teve três relatores e hoje está nas mãos de Castro Meira.
Ironicamente, se for determinada a cassação de Anchieta Júnior, assumiria o governo o mesmo Neudo Campos, que, em 2011, foi condenado a 16 anos de prisão pela 1ª Vara Criminal de Boa Vista, por peculato e formação de quadrilha, consequência do escândalo dos “gafanhotos” na folha de pagamento do estado na época em que ele governava Roraima. Mas aliados de Anchieta fazem questão de lembrar que, se cassado o atual governador, assumiria um político condenado criminalmente pela Justiça e que já foi até preso pela Polícia Federal, em 2003.
Neudo nega as acusações e diz que tudo é perseguição do juiz da 1a Vara Criminal, que considera seu “inimigo” por “persegui-lo” desde seu primeiro governo, em 1994. “Todas as minhas condenações são dele. Os meus adversários são sempre amigos dele.”
Sem prioridade
A assessoria do TSE afirmou à reportagem que o tribunal não prioriza nenhum processo, seja de políticos de grande ou menor expressão no cenário nacional. “Não há priorização nenhuma”, disse a assessoria. “Alguns processos são mais demorados e não chegam aqui prontos”, justificaram os assessores da corte.

Polícia Civil de Goiás volta a entrar em greve -

Polícia Civil de Goiás volta a entrar em greve - 
JÁ A PM CONTINUA TRABALHANDO E O GOVERNO NÃO RECONHECE, MAS CONTINUA ESCRAVIZANDO OS MILITARES DE GOIÁS. OS AGENTES E ESCRIVÃES DA PC-GO TÊM O MEU APOIO INCONDICIONAL. O PIOR DE TUDO É AGENTE VÊ NOSSOS REPRESENTANTES DA ACS E ASSEGO ANO PROGRAMA RONDA POLICIAL COLOCANDO A CULPA DA FALTA DE VALORIZAÇÃO DOS MILITARES DO ESTADO NA PRESIDENTE DILMA. É MOLE...
A Polícia Civil de Goiás voltaram a paralisar as atividades na manhã desta terça-feira (17/9). De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), as reivindicações são as mesmas que levaram a categoria a entrar em greve no mês passado. Os policiais reivindicam um reajuste de quase 130% na remuneração. O salário base de um policial civil em Goiás é de R$ 3.062 e eles querem que o valor seja elevado para R$ 7 mil, mais as gratificações. Durante a paralisação as delegacias registrarão apenas ocorrências de flagrantes e crimes hediondos homicídio e latrocínio.Polícia Civil de Goiás volta a entrar em greve -
JÁ A PM CONTINUA TRABALHANDO E O GOVERNO NÃO RECONHECE, MAS CONTINUA ESCRAVIZANDO OS MILITARES DE GOIÁS. OS AGENTES E ESCRIVÃES DA PC-GO TÊM O MEU APOIO INCONDICIONAL. O PIOR DE TUDO É AGENTE VÊ NOSSOS REPRESENTANTES DA ACS E ASSEGO ANO PROGRAMA RONDA POLICIAL COLOCANDO A CULPA DA FALTA DE VALORIZAÇÃO DOS MILITARES DO ESTADO NA PRESIDENTE DILMA. É MOLE...
A Polícia Civil de Goiás voltaram a paralisar as atividades na manhã desta terça-feira (17/9). De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), as reivindicações são as mesmas que levaram a categoria a entrar em greve no mês passado. Os policiais reivindicam um reajuste de quase 130% na remuneração. O salário base de um policial civil em Goiás é de R$ 3.062 e eles querem que o valor seja elevado para R$ 7 mil, mais as gratificações. Durante a paralisação as delegacias registrarão apenas ocorrências de flagrantes e crimes hediondos homicídio e latrocínio.


Senado limita cabos eleitorais


Senado limita cabos eleitorais

Patrícia Sanches

Em meio a muita polêmica, os senadores aprovaram ontem (16) a minirreforma eleitoral. O texto original do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sofreu alterações a partir de sugestões do relator Valdir Raupp (PMDB-RO) e de outros senadores, ainda durante as discussões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, agora, em Plenário. Pela versão aprovada, haverá uma limitação da contratação de cabos eleitorais. Por outro lado, senadores rejeitaram a emenda de Humberto Costa (PT/PE), que previa a proibição da contratação de cabos eleitorais para as próximas eleições, em sessão realizada nesta segunda.
  O texto aprovado permite que, nos municípios com até 30 mil eleitores, sejam contratados cabos eleitorais até o limite de 1% do eleitorado. Nas cidades com mais de 30 mil eleitores, lei permite o adicional de um cabo eleitoral para cada mil eleitores.
  Além da limitação para a contratação de cabos eleitorais, os senadores também reduziram a propaganda eleitoral em espaços públicos, por meio do uso de cavaletes em vias públicas, pintura de muros de imóveis e o chamado “envelopamento” de carros particulares. O volume de recursos aplicados para a alimentação e combustível também foi reduzido em 10% e 20% da receita da campanha, respectivamente.
  Por outro lado, o Congresso decidiu garantir a livre manifestação nas redes sociais. Os senadores ainda rejeitaram a proposta que proibia a contribuição de empresas às campanhas e a que obrigava a divulgação dos valores e dos doadores ainda durante o período anterior à eleição – proposta pelo senador mato-grossense Pedro Taques (PDT).
   Embora as alterações sejam alvos de críticas, tendo em vista que alteram apenas alguns itens e não contemplam uma grande reforma, como queria a população, os parlamentares alegam que ela já vai ter impacto na diminuição dos custos das campanhas. Além disso, sustentam que dará mais transparência e igualdade de oportunidades à disputa eleitoral.
  Agora, as novas regras seguem para a Câmara Federal e precisam ser votadas em sancionadas antes do dia 5 para que tenham validade nas eleições do ano que vem.

VEJAM ESSA: o governo petista do DF construía, clandestinamente, celas especiais para abrigar os mensaleiros em caso de condenação. A Justiça proibiu

VEJAM ESSA: o governo petista do DF construía, clandestinamente, celas especiais para abrigar os mensaleiros em caso de condenação. A Justiça proibiu

A SALA DOS MENSALEIROS --  As celas para os presos especiais seriam individuais e teriam: cama de solteiro; banheiro com privada; chuveiro elétrico; televisão; muito diferente do padrão da penitenciária local (FOTO: Cristiano Mariz)
A SALA DOS MENSALEIROS -- As celas para os presos "especiais" -- os mensaleiros -- seriam individuais e teriam cama de solteiro, banheiro com privada, chuveiro elétrico e televisão, muito mais confortáveis do que o padrão da penitenciária da Papuda (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR) (FOTO: Cristiano Mariz)
Reportagem de Hugo Marques publicada em edição impressa da VEJA
ENTRE A CELA E A SALA
Às vésperas da eventual decretação da prisão dos mensaleiros, a Justiça manda suspender obras em presídio que estava sendo reformado para dar mais conforto aos petistas condenados
É inquestionável que no sistema prisional brasileiro impera, como regra, o sistema de punição extremada adicional.
Um criminoso condenado à pena de privação da liberdade vai ser submetido na penitenciária a uma série de outros castigos.
Ele pode ser estuprado.
Com certeza vai ser achacado por grupos de bandidos que comandam o comércio de drogas e produtos ilegais na cadeia e que vão exigir um pedágio para que os familiares consigam fazer chegar ao preso pacotes com roupas, comida e cartas.
Com raras exceções, o presidiário vai ter de sobreviver em celas superlotadas, em condições desumanas.
Ou seja, adicionalmente à pena de perda da liberdade, ele sofrerá castigos extremos aos quais a Justiça não o condenou. Esse é o destino que espera alguns dos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal a penas de prisão fechada, caso se confirme a sentença, com a aceitação ou não dos embargos infringentes.
É justo submetê-los ao inferno carcerário brasileiro convencional ou, por se tratar de políticos, banqueiros e empresários, o grupo não deveria cumprir pena no mesmo ambiente onde estão estupradores, assassinos e assaltantes violentos? Essa é a discussão que, certamente, se seguirá ao ato final da eventual condenação dos mensaleiros pelo STF.
Juízes encarregados de fiscalizar os direitos dos presos dizem que não é aceitável colocar os mensaleiros em prisões comuns. Isso equivaleria a expor a vida deles a riscos de morte e agressão violenta. Há consenso entre especialistas em torno dessa questão de que é preciso evitar esse tipo de situação.
Minimizar esses choques, porém, é bem diferente do que se tentou fazer em Brasília, onde o governo [petista] do Distrito Federal mandou construir quatro celas especialmente para receber os mensaleiros condenados. Seriam celas individuais com televisão, cama, chuveiro elétrico e banheiro privativo — uma ala com grau de conforto inaudito em uma penitenciária brasileira.
ALBERGUE -- A ideia era proporcionar segurança e conforto aos condenados no escândalo do mensalão, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha (Fotos: Joel RodrIgUes / Estadão Conteúdo :: André Borges / FolhaPress :: Marlene Bergamo / FolhaPress)
ALBERGUE -- A ideia do governo petista do Distrito Federal era proporcionar segurança e conforto aos condenados no escândalo do mensalão, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha (Fotos: Joel Rodrigues / Estadão Conteúdo :: André Borges / FolhaPress :: Marlene Bergamo / FolhaPress)
Era para tudo ser feito na surdina, mas o plano foi descoberto. No ano passado, o governo do DF liberou 3,3 milhões de reais para obras de reforma e ampliação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), instituição do sistema penal para presos que cumprem penas no regime semiaberto, que trabalham durante o dia e dormem na cadeia.
A obra, segundo o edital, tinha como objetivo ampliar as instalações, criando 600 novas vagas. Como se vê no detalhe da foto no começo deste texto, a ampliação começou — simultaneamente a uma discreta reforma no prédio que fica situado na ponta do complexo.
Ali, no pequeno galpão, trabalhavam até dias atrás pouquíssimos operários. Eles já haviam trocado parte do telhado, reduziam o tamanho das janelas, construíam paredes no interior, revestiam o teto com forro de madeira para diminuir o calor e retocavam a pintura pelo lado de fora.
No pequeno estacionamento à frente do prédio, uma pilha de tijolos e um monte de areia denunciavam a obra. Trabalhadores do local confirmaram que o galpão estava sendo transformado em quatro pequenas salas, com banheiro e instalações completas para receber chuveiro elétrico, televisão e até uma pequena geladeira.
Esses detalhes, porém, deveriam ser omitidos do grande público. Há algumas semanas, o secretário de segurança do DF, Sandro Avelar, foi procurado pelo secretário de Governo, Swedenberger Barbosa, que lhe transmitiu um pedido que recebera do “Diretório Nacional do PT”. Os petistas, segundo ele, queriam saber da possibilidade de promover reformas no CPP de modo a receber alguns dos condenados no processo do mensalão, permitindo que eles cumprissem suas penas com segurança e o mínimo de conforto.
A superlotada penitenciária da Papuda, em Brasília
A superlotada penitenciária da Papuda, em Brasília (Foto: Cristiano Mariz)
Combinou-se então a transformação do pequeno galpão nas salas especiais. Já havia o dinheiro liberado e os operários encarregados do serviço. Não fugiria, em princípio, do escopo da obra: ampliação e reforma do complexo.
“Era um pedido legítimo da direção do partido, preocupada com o futuro dos deputados condenados. Em Brasília, hoje, não existe um lugar seguro para os condenados em regime semiaberto cumprirem suas penas em segurança. Não havia motivos para não atender”, explicou um funcionário do governo de Brasília que acompanhou o processo.
Uma reportagem do jornal Correio Braziliense revelou a existência da parte secreta da obra. Na semana anterior à passada, o Supremo Tribunal Federal concluiu a primeira leva de recursos apresentados pelos condenados do mensalão, os chamados embargos de declaração. Alguns dos réus mais destacados, como o ex-ministro José Dirceu, alimentavam a expectativa de que suas penas pudessem ser reduzidas nessa etapa do julgamento. Ficaram só na esperança, porém.
Se os ministros reduzissem a pena que foi imposta a José Dirceu pelo crime de formação de quadrilha, ocorreria uma mudança drástica no seu futuro: ele poderia trocar o regime fechado pelo semiaberto, e, quem sabe, até cumprir a pena nas salas especiais de Brasília.
O ministro Ricardo Lewandowski, mais uma vez, foi um dos que mais se empenharam para convencer a corte a acolher os argumentos dos mensaleiros. No auge de seu esforço, ele chegou a fazer uma acusação grave contra o próprio tribunal: disse que seus colegas ministros teriam aumentado desproporcionalmente as penas de alguns condenados para forçá-los a cumprir a sentença em regime fechado.
O arroubo foi ignorado pela maioria dos ministros. A admissibilidade dos chamados embargos infringentes, e, em caso de admitidos, o seu acatamento constituem a última tentativa de alguns dos réus de reduzir as penas e escapar da cadeia.
DEU ERRADO -- o juiz Ademar Vasconcelos e o secretário Swedenberger Barbosa: privilégio abortado (Fotos: Sergio Dutti :: José Cruz / ABr)
DEU ERRADO -- o juiz Ademar Vasconcelos e o secretário Swedenberger Barbosa: privilégio abortado (Fotos: Sergio Dutti :: José Cruz / ABr)
Na quarta-feira, dia 4, repórteres de VEJA voltaram ao CPP. Os tijolos e a areia tinham desaparecido, assim como os operários que trabalhavam no local. Obra ali? Sim, de fato há duas em andamento: a ampliação das instalações e a reforma, mas, segundo os funcionários do complexo, a versão agora é que os operários estão simplesmente fazendo uma adaptação para transformar o velho galpão em um novíssimo paiol.
Ninguém nunca ouviu falar em salas especiais para mensaleiros.
O desmentido, porém, não convenceu totalmente a Justiça. “Nada pode ser feito à minha revelia. Querer inovar, querer criar modelos dentro de um sistema estabelecido por lei é inaceitável. O Estado não é para privilegiar deputados”, advertiu o juiz Ademar Silva de Vasconcelos, titular da Vara de Execuções Penais.
O magistrado informou ao secretário de Segurança Pública que desautorizava qualquer mudança na estrutura do presídio sem sua prévia concordância.
Procurado, Sandro Avelar disse que não podia falar “sobre o que eu nem sei se existe”. Ex-assessor de gabinete do ex-ministro José Dirceu, o petista Swedenberger Barbosa também negou a intervenção em favor dos mensaleiros. “Vou processar quem fizer qualquer tipo de ilação”, mandou dizer através de um assessor.
Por enquanto, a obra do CPP continua, mas só a de ampliação. A construção do albergue clandestino está oficialmente suspensa.