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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Governo do Rio articulou prisões de líderes no dia anterior à greve das forças policiais

Governo do Rio articulou prisões de líderes no dia anterior à greve das forças policiais

O governo do Estado do Rio de Janeiro começou a articular a prisão dos principais líderes da greve das entidades de classe da segurança pública fluminense na última quarta-feira (8), portanto, um dia antes de a greve ser oficialmente deflagrada. Em reuniões fechadas no Palácio Guanabara, o governador Sérgio Cabral (PMDB), a chefe de Polícia Civil do Rio,Martha Rocha, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa), Paulo Melo (PMDB), entre outros representantes do governo, listaram os principais personagens do movimento.
Na manhã de hoje, passadas quase 12 horas do anúncio oficial da greve, a Justiça expediu 11 mandados de prisão contra os policiais que estavam à frente da paralisação, entre os quais dois coronéis e um major. No total, 17 policiais foram detidos, entre os quais dez lideranças --e mais de 130 PMs responderão a sindicâncias e/ou inquéritos administrativos por insubordinação (se recusaram a sair do quartel).

O Executivo fluminense já esperava que o impasse não seria resolvido. Há dois dias, o deputado estadual Paulo Melo chamou o diretor-jurídico do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis), Francisco Chao, para conversar em seu gabinete, e exigiu que ele fosse sozinho. Durante o encontro, o parlamentar perguntou "O que vocês querem?".

O policial civil respondeu que todas as reivindicações da categoria já tinham sido "mais do que divulgadas desde 2007". Melo argumentou que a Polícia Civil seria "diferenciada" em relação a outras forças de segurança pública, em função do grau de instrução de seus membros, e ouviu de Chao que os policiais civis tinham assumido um compromisso moral com os companheiros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

O representante do Sindpol respondeu ainda que bastaria "equiparar [condições de trabalho] com a Polícia Federal" para resolver o problema, mas ressaltou que a PM entraria em greve. O presidente da Alerj respondeu que não se preocupava tanto com bombeiros e PMs, pois bastaria "prender as lideranças". Era a estratégia do governo para assustar os demais grevistas e esvaziar a mobilização. Cabral alimentava a esperança de convencer a Polícia Civil a não ingressar no movimento grevista.

Justamente naquela noite, durante a assembleia, o "Jornal Nacional" exibia uma reportagem baseada em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça que revelaram conversas do cabo Benevenuto Daciolo, líder do movimento S.O.S Bombeiros, discutindo estratégias para fortalecer o movimento grevista no Rio. O bombeiro foi preso ao desembarcar no aeroporto Internacional do Galeão quando voltava de Salvador, na Bahia --Estado que também tem parte de PM em greve.

A tentativa derradeira de desvincular a Polícia Civil da inevitável greve dos militares se deu quando o governo aprovou, na noite de quarta, as mudanças no projeto de lei que determina a antecipação de reajuste salarial para as categorias, o que melhorou substantivamente a proposta original --aumento de 39% em duas parcelas (fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013). O PL 1.184/12 foi aprovado na Alerj no dia seguinte por 59 votos a um.

A última cartada de Cabral, porém, provocou gargalhadas dos policiais presentes na assembleia. Depois de ler a nota oficial do governo para os presentes, o presidente do Sindpol, Carlos Gadelha, afirmou: "Eu acho engraçado que o governo não chega para a gente para perguntar se a proposta está boa ou ruim. O que vocês acham? Eu continuo achando que a gente deve fazer greve". A massa apoiou.

O episódio marcou pontualmente o fim das negociações entre os líderes do movimento e a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que falava em nome do governador. Durante a assembleia, Rocha fez de três a cinco ligações para Francisco Chao, considerado o principal interlocutor entre os policiais civis insatisfeitos com suas condições de trabalho e o poder público, e também entrou em contato com o presidente do sindicato, Carlos Gadelha.

Por volta das 21h15, Chao pediu a palavra e transmitiu a última mensagem da chefe da Polícia Civil: "Meu dever moral é passar essa mensagem para vocês. A chefe da Polícia Civil do Rio está pedindo para que a gente não entre em greve". Segundo ela, caso os agentes não "embarcassem" na paralisação capitaneada por policiais militares e bombeiros, o governo abriria uma "segunda rodada de negociações". A massa rejeitou em coro unânime. E um indicativo de greve foi aprovado ao fim da assembleia.

Expulsão sumária
Foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira (10) duas medidas adotadas pelo governador Sérgio Cabral para reduzir o trâmite administrativo que pode resultar na expulsão de mais de cem PMs da corporação e mais de 120 bombeiros.

A partir de agora, os conselhos disciplinares das duas instituições militares tem um prazo máximo de 15 dias para aplicar possíveis penalidades. Antes, o mesmo trâmite se dava em até 30 dias. De acordo com o decreto nº 43.462, que tem o objetivo de modificar o decreto nº 2.155, datado de 13 de outubro de 1978, passado o processo que envolve apuração, julgamento, recurso e aplicação penal, a autoridade nomeante tem até cinco dias para proferir a sua decisão. O prazo anterior era de 20 dias.

A determinação prevê ainda que cabe ao secretário titular da pasta a que pertence o militar avocá-lo e, justificadamente, dar solução diferente, prerrogativa que antes cabia apenas ao secretário de Segurança.

Reivindicações
As principais reivindicações unificadas dos grevistas das quatro forças da segurança pública do Rio são: piso salarial de R$ 3.500, auxílio-alimentação na ordem de R$ 350 (e fim dos ranchos nos quartéis), e uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Os militares aceitam uma carga horária maior do que a reivindicada, desde que o governo do Estado pague hora extra.

O governo já descartou o piso de R$ 3.500 e mandou um projeto de lei sobre o reajuste aos deputados, que o aprovaram nesta quinta. O projeto define que todas as 11 parcelas do aumento previsto para este ano (0,915% mensal) serão aplicadas já neste mês. Até fevereiro de 2013, isto é, em um período de um ano, o somatório do reajuste escalonado será de 39%, e o piso salarial chegará a R$ 2.077 --considerando o adicional do auxílio-moradia (R$ 551,36). Policiais civis e agentes penitenciários não recebem tal benefício.

Após uma reunião emergencial do governador Sérgio Cabral (PMDB) com a chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, e o presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB), na noite de ontem, o governo do Estado fez uma nova proposta: além da antecipação do reajuste escalonado --que foi aprovado em 2010--, os profissionais da segurança pública terão direito a uma nova reposição em 2014.

O aumento previsto para daqui a dois anos levará em consideração a inflação acumulada do IPCA em um espaço temporal de 12 meses (de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014), e corresponderia, segundo o governo estadual, ao dobro da inflação no período.

Além disso, os servidores serão beneficiados a partir de 2014 com um auxílio-transporte no valor de R$ 100 mensais e a garantia de que não mais haverá corte da gratificação da Delegacia Legal em caso de afastamento por acidente de fonte
http://heroisdavida.blogspot.com/

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

DIA 15 DE FEVEREIRO AUDIÊNCIA PUBLICA EM GOIANIA


FORA MAXUELO

FORA GILBERTO A ACS É DOS SOLDADOS

O PERIGO DE UMA PARALIZAÇÃO NACIONAL

Paralisação nacional

A Polícia Federal passou a monitorar mais de perto ainda os líderes dos movimentos grevistas no Rio de Janeiro e na Bahia. Escutas telefônicas com autorização judicial flagraram Marco Prisco, presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia, e Benevenuto Daciolo, cabo do Corpo de Bombeiros e líder do movimento no Rio de Janeiro, combinando a nacionalização das reivindicações nos próximos dias.

As gravações telefônicas também já flagraram políticos de vários partidos em conversas com os militares. Em uma delas, que já está nas mãos da cúpula da segurança pública da Bahia, aparece Anthony Garotinho incentivando Daciolo e seus pares a entrar em greve no Rio de Janeiro. Noutra, a deputada estadual Janira Rocha (PSOL) faz a mesma pregação com Daciolo.FONTEhttp://www.capitaoassumcao.com/2012/02/paralisacao-nacional.html

ESTÃO QUERENDO CRIMINALIZAR A PEC 300 POR QUE O GOVERNO NÃO FAZ O MESMO COM INVASORES DO MST?

Dilma concorda com vetos ao novo Código Florestal e promete piso salarial para polícias

Dilma concorda com vetos ao novo Código Florestal e promete piso salarial para polícias




SÃO PAULO. Às vésperas da reunião sobre o apoio do PV no 2º turno, a candidata Dilma Rousseff (PT) enviou uma carta a Marina Silva na qual se compromete a vetar itens polêmicos do novo Código Florestal, como a anistia aos desmatadores e a redução das áreas de reserva legal e preservação permanente. A petista assinala concordância com a agenda verde relativa à Educação, Seguridade Social, Política Externa, Gastos Públicos, Reformas Tributária e Política, mas faz ressalvas pontuais, como na moratória à criação de usinas nucleares e a supressão de IPI para veículos elétricos e híbridos.
O texto de Dilma também revela pontos de seu programa de governo que ainda são desconhecidos, como a iniciativa de enviar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para criar um piso nacional salarial para os policiais. A petista também promete criar um "Sistema Único de Segurança Pública".
"Sobre o Código Florestal, expresso meu acordo com o veto a propostas que reduzam áreas de reserva legal e preservação permanente, embora seja necessário inovar em relação à legislação em vigor. Somos totalmente favoráveis ao veto à anistia para desmatadores", escreve Dilma.
Esses pontos são alvo de disputa entre ambientalistas e setores do agronegócio, que agora pressionam a candidatura do adversário, José Serra (PSDB).
Na segurança, Dilma deixa clara a urgência com a qual pretende aumentar os salários das polícias, com um "pacto" entre os governos federal, estaduais e municipais:
"A necessidade indiscutível de um piso nacional de remuneração para policiais tem de ser objeto de um pacto entre a União, os Estados e os Municípios. Essas e outras questões deverão ser objeto de uma PEC a ser enviada no menor prazo possível, consultados os entes federativos".
Dilma diz também que concorda com o controle de gastos públicos _ o tema de ajustes fiscais é recorrente na campanha _ mas afirma que as despesas com pessoal devem ser excluídas.
"Consideramos necessário afastar-nos de um conceito conservador de custeio que traz embutida a noção de Estado mínimo. A eficiência do Estado está ligada à qualificação dos servidores públicos. Daremos prioridade ao provimento de cargos com funcionários concursados", diz o textoassunto em http://oglobo.globo.com/politica/dilma-concorda-com-vetos-ao-novo-codigo-florestal-promete-piso-salarial-para-policias-2939075#ixzz1m0vlDvXT

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lula: ‘A PM pode fazer greve. O governo quis passar a impressão de que, sem policial na rua, todo baiano é bandido’

Lula: ‘A PM pode fazer greve. O governo quis passar a impressão de que, sem policial na rua, todo baiano é bandido’

Lula acusou o governo da Bahia de ter provocado saques, arrastões e outros formas de violência, durante a greve da Polícia Militar, para que os líderes do movimento suspendessem a paralisação. “Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido”. Segundo o chefe do PT, nenhuma greve pode ser considerada ilegal. “‘A Polícia Militar pode fazer greve”, afirmou. “Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário micho, esse cidadão tem direito a fazer greve. Na Suécia, até o Exército pode fazer greve fora da época de guerra.”
O parágrafo acima foi extraído sem retoques de uma reportagem publicada em 26 de julho de 2001 pela Agência Folha, quando o oportunista irresponsável visitou a cidade gaúcha de Santa Maria. Entrevistado pelos jornalistas Luiz Francisco e Léo Gerchmann, fez declarações que não perdem o prazo de validade. Se valiam para o então governador César Borges, então no PFL, valem para o companheiro Jaques Wagner. É ele o culpado por tudo. Pelo menos na opinião de Lula.
FONTEFonte: veja Abril

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 Em ao menos 20 Estados, salário de policiais é inferior a R$ 2,5 mil Piso nacional almejado pela PM é de R$ 3,5 mil; pior salário é o do Paraná: R$ 1.219 e o melhor, do Distrito Federal: R$ 4 mil

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Em ao menos 20 Estados, salário de policiais é inferior a R$ 2,5 mil

Piso nacional almejado pela PM é de R$ 3,5 mil; pior salário é o do Paraná: R$ 1.219 e o melhor, do Distrito Federal: R$ 4 mil
Em ao menos 20 Estados, policiais militares em início de carreira recebem quantia inferior a R$ 2.500. O salário inicial de um policial na Bahia, onde uma greve por reajuste salarial já dura nove dias, está entre esses Estados: R$ 2.173,87. No entanto, o piso nacional almejado pelos policiais é de no mínimo R$ 3.500.

O salário mais baixo entre as 23 unidades da federação que passaram informações ao iG é o do Paraná. Lá, soldados ganham R$ 1.219,19. Na sequencia, vem o Mato Grosso com R$ 1.236,96.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, o salário também não chega aos R$ 2.500. Em São Paulo, o piso está em R$ 2.365,78 e no Rio, R$ 1.450. A categoria fluminense prometeu suspender as atividades para reivindicar o aumento do piso salarial para R$ 3.500.

Das unidades da federação ouvidas, apenas três têm salário acima de R$ 2.500 - Santa Catarina, R$ 2.671,89 e Goiás, R$ 2.712 - e somente o Distrito Federal paga R$ 4.000, o maior salário do País. Todos as Secretarias das Seguranças foram procuradas mas até a conclusão desta reportagem, quatro não haviam informado o salário dos policiais.
Se as reivindicações dos policias da Bahia forem atendidas, o salário da categoria deve chegar a cerca de R$ 2.600. Maranhão e Ceará, que também passaram por greves recentes, terão reajustes salariais nos próximos meses.

A reboque do protesto que ocorre na Bahia, associações de soldados e cabos em ao menos oito Estados ameaçam também entrar em greve já que o Congresso Nacional não deve desengavetara tramitação da chamada PEC 300, que estabelece o piso salarial nacional para os policiais militares.

Os Estados considerados em “iminência” de paralisação, segundo blogs que acompanham a greve dos policiais, são Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Roraima.

EstadoSalário inicial do soldadoObservações
Distrito FederalR$ 4.000,00Com benefícios
GoiásR$ 2.712,00
Santa CatarinaR$ 2.617,89Com benefícios (estímulo operacional e auxilio alimentação)
Espírito SantoR$ 2.421,76
São PauloR$ 2.365,78Com benefícios
ParáR$ 2.253,20Com gratificação
Minas GeraisR$ 2.245,91
BahiaR$ 2.173,87Com gratificações
PernambucoR$ 2.100,00
AmapáR$ 2.070,00
ParaíbaR$ 2.031,19com gratificações
MaranhãoR$ 2.028,00
SergipeR$ 1.981,88
Rio Grande do NorteR$ 1.976,00
Mato Grosso do SulR$ 1.850,00
AlagoasR$ 1.847,48
PiauíR$ 1.704,00
CearáR$ 1.606,01Sofrerá reajuste em breve, retroativo após a greve
AmazonasR$ 1.600,00Com benefícios
Rio de JaneiroR$ 1.450,00
AcreR$ 1.299,81
Mato GrossoR$ 1.236,96
ParanáR$ 1.219,19