12 PMs em greve devem responder por
três crimes, diz governo da Bahia
Policiais devem responder por roubo qualificado e formação de quadrilha.
Mandados de prisões expedidos por MP-BA e ainda não foram cumpridos.
O governo da Bahia informou neste sábado (4) que os doze policiais grevistas que cometeram algum tipo de infração do ponto de vista legal devem responder por roubo qualificado, pelo fato de terem retido viaturas, incitação à violência e formação de quadrilha.
Parte dos policiais militares do estadoestá em greve desde terça-feira (31).
Dirigentes da Aspra e policiais estão há quatro dias acampados na sede da Assembleia Legislativa, localizada no Centro Administrativo da Bahia, no bairro de Sussuarana. A entidade reinvindica o cumprimento do pagamento da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV e V, que iriam compor a remuneração dos policiais, chamada de soldo, além de regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade.Na véspera, o governo já havia informado que foram expedidos doze mandados de prisão por três promotores de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra policiais militares grevistas.
O comandante-geral da PM, Alfredo Castro, afirma que ficou acertado que o governo irá negociar com os policiais militares apenas depois a greve terminar. A decisão foi determinada em uma reunião ocorrida na tarde deste sábado (4) entre representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e de associações de policiais militares da capital e do interior do estado.
Homicídios
O balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revela que 56 pessoas foram mortas das 21h de terça-feira (31), dia em que foi decretada a greve por parte dos policiais militares, até as 18h30 deste sábado (4). O dia que somou maior número de mortes foi nesta sexta-feira (3), com 31 registros. Outras 14 mortes foram registradas nesta quinta-feira (2). Ainda segundo a secretaria, 43 homicídios foram cometidos em Salvador. Outros 13 foram registrados na Região Metropolitana de Salvador.
Carros de polícia recuperados
A secretaria recuperou, na tarde deste sábado, 16 carros oficiais que estavam em poder de policiais militares grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os manifestantes são filiados à Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra). Os mandados de reintegração de posse foram expedidos na manhã deste sábado (4) e cumpridos pela Polícia Militar.
O balanço da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) revela que 56 pessoas foram mortas das 21h de terça-feira (31), dia em que foi decretada a greve por parte dos policiais militares, até as 18h30 deste sábado (4). O dia que somou maior número de mortes foi nesta sexta-feira (3), com 31 registros. Outras 14 mortes foram registradas nesta quinta-feira (2). Ainda segundo a secretaria, 43 homicídios foram cometidos em Salvador. Outros 13 foram registrados na Região Metropolitana de Salvador.
Carros de polícia recuperados
A secretaria recuperou, na tarde deste sábado, 16 carros oficiais que estavam em poder de policiais militares grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os manifestantes são filiados à Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra). Os mandados de reintegração de posse foram expedidos na manhã deste sábado (4) e cumpridos pela Polícia Militar.
Negociação
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), Marco Prisco, e os policiais filiados à entidade, esperam espaço para negociação das pautas reivindicatórias com representantes do governo do estado. "A palavra é negociação", diz Prisco neste sábado (4), na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31).
O presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra), Marco Prisco, e os policiais filiados à entidade, esperam espaço para negociação das pautas reivindicatórias com representantes do governo do estado. "A palavra é negociação", diz Prisco neste sábado (4), na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31).
Autuação federal
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista, que já dura cinco dias na Bahia. Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, onde desembarcou, o ministro frisou a relação que o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista, que já dura cinco dias na Bahia. Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, onde desembarcou, o ministro frisou a relação que o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.
Pronunciamento do governador
O governador da Bahia, Jaques Wagner, tentou tranquilizar a população do estado em cerca de três minutos de pronunciamento oficial, transmitido pelas emissoras de rádio e TV por volta das 20h15 desta sexta-feira (3). Ele reafirmou a “intranquilidade” vivida nos últimos quatro dias, que tem resultado no fechamento antecipado do comércio, violência na rotina do trânsito e contra a população. “Estamos tomando providências para conter ações de um grupo de polícia usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, causando desordem”, afirma.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, tentou tranquilizar a população do estado em cerca de três minutos de pronunciamento oficial, transmitido pelas emissoras de rádio e TV por volta das 20h15 desta sexta-feira (3). Ele reafirmou a “intranquilidade” vivida nos últimos quatro dias, que tem resultado no fechamento antecipado do comércio, violência na rotina do trânsito e contra a população. “Estamos tomando providências para conter ações de um grupo de polícia usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, causando desordem”, afirma.